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NOVIDADES
A idéia de utilizar fótons no lugar de elétrons nos diferentes dispositivos não é nova e importantes pesquisas foram feitas para realizar computadores ópticos. Um grupo de pesquisadores americanos acaba de produzir nanosistemas movimentados pela pressão da luz. Tão inacreditável quanto possa parecer, a luz exerce uma pressão sobre objetos, porque transporta uma certa quantidade de movimento, da mesma maneira que as partículas de matéria. John Henry Poynting, e independentemente Oliver Heaviside, foram os primeiros a compreender este fenômeno, a partir das equações de eletromagnetismo de Maxwell. Hoje, pode-se facilmente evidenciar isto observando-se ao microscópio os movimentos de bolhas de ar no interior da glicerina e iluminadas por um feixe laser. No sistema solar, isso se traduz pelo efeito Poynting-Robertson nas massas de poeira em órbita ao redor do sol. Segundo suas dimensões, a pressão de radiação freará as partículas, o que fará com que as mesmas se aproximem lentamente do sol, ou as propulsará para o exterior do sistema solar. Outro efeito bem conhecido, decorrente da quantidade de movimento transportada pela luz é o efeito Yarkovsky. Jon Henry Poynting (1852-1914). Créditos: UCLA.
Os pesquisadores da Universidade de Yale conseguiram. As pressões atingidas sobre pequenos dispositivos em silício são um milhão de vezes superiores àquela da luz do sol, o que confirma que, em escala nanométrica, um salto quantitativo importante intervém nas performances. Foram feitos, então, centenas de dispositivos sobre um chip nos quais a luz era guiada, exatamente como para as correntes de elétrons sobre um chip. Esquema do circuito fotônico concebido pelos pesquisadores de Yale. Créditos: Tang/Yale.
Futura-Sciences (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia: "Harnessing optical forces in integrated photonic circuits", de autoria de Mo Li, W. H. P. Pernice, C. Xiong, T. Baehr-Jones, M. Hochberg and H. X. Tang, foi publicado na revista Nature, volume 456 (27 november), págs. 480-484, DOI: 10.1038/nature07545, 2008. Assuntos Conexos: |
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