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NOVIDADES
A detecção do câncer da próstata se faz essencialmente pela dosagem da taxa sangüínea de PSA (uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico). Essa proteína é normalmente secretada pelas células prostáticas, mas sua abundância pode se decuplicar após o aparecimento de células cancerosas. Entretanto, esse método dificilmente permite determinar o nível de evolução do câncer, assim como sua capacidade de desenvolver metástases ou não. Além disso, não é considerado como totalmente confiável porque vários fatores (volume da próstata, inflamações, infecções...) podem fazer variar a taxa sangüínea de PSA em proporções importantes na ausência de tumor. Foi fortuitamente que a equipe conduzida pelo professor em patologia e urologia Arul Chinnaiyan, da Universidade de Michigan (EUA) descobriu um outro método. Enquanto procediam a diversas análises de amostras sangüíneas, esses pesquisadores constataram que o nível da sarcosina, um aminoácido, era de 79% mais elevado nas pessoas que sofriam de câncer da próstata metastásico e de 49% nos doentes em um estado recente, não metastásico. A sarcosina, em compensação, estava ausente nos voluntários sadios. As pesquisas realizadas por Arul Chinnaiyan trazem também um melhor conhecimento da eclosão e da evolução da doença. A equipe efetivamente constatou, além disso, no decurso dos testes in vitro, que a sarcosina tinha facilidade de disparar o processo tumoral transformando as células sadias da próstata em células cancerosas invasivas, prelúdio para as metástases. No futuro, uma esperança de cura tomando-se como alvo a sarcosina, por meio de um tratamento inovador, não será em vão. Concentração de sarcosina nas células de uma próstata sadia (esquerda), esperado para um tumor localizado (centro) e de um câncer metastático (direita). Créditos: Nature.
Futura Sciences, fevereiro, 2009 (Tradução/Texto - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia: "Metabolomic profiles delineate potential role for sarcosine in prostate cancer progression", de autoria de A. Chinnaiya et al., foi publicado na revista Nature, volume 457, págs. 910-914,2009, DOI:10.1038/nature07762. Assuntos Conexos: |
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