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Austrália apresenta os DVDs de amanhã.

Após a fita cassete VHS, depois do CD, um DVD de nova geração poderá surgir no decorrer dos próximos anos. Ultrapotente, graças à nanotecnologia, ele contará com uma capacidade de estocagem 2000 vezes superior à capacidade de estocagem do DVD clássico. A aplicação poderá estar disponível dentro de 5 a 10 anos.

É uma pequena revolução no mundo da estocagem de dados numéricos sobre disco que, atualmente, preparam pesquisadores australianos da Swinburne University of Technology (Melbourne, Austrália), com o apoio do Australian Research Council.

Os pesquisadores do Centre Micro-Photonics da universidade utilizaram a nanotecnologia para criar um disco de "cinco dimensões", de altíssima capacidade. Conduzidas por Peter Zijlstra, Dr. James Chon e o Prof. Min Gu , as pesquisas foram realizadas com partículas nanoscópicas, capazes de aumentar de modo exponencial a quantidade de informações contidas em um único disco. "Pudemos mostrar como um elemento nanoestruturado pode ser integrado em um disco para aumentar sua capacidade de estocagem sem aumentar seu tamanho", comentou o Prof. Min Gu. Às três dimensões dos discos, os pesquisadores puderam acrescentar duas outras, introduzindo uma "dimensão espectral (ou cor) e uma dimensão polarizada". "As dimensões suplementares são a chave dessa supercapacidade de estocagem", explicou o Prof. Min Gu.


Aplicação em 5 a 10 anos

Para criar a "dimensão cor", os pesquisadores inseriram nanobarras de ouro (gold nanorods, em inglês) na superfície do disco. Como as nanopartículas reagem à luz segundo suas formas, os australianos puderam gravar as informações em toda uma gama de comprimentos de onda de cores. "É uma importante inovação em relação aos DVDs clássicos que são gravados com um único comprimento de onda de cor", explicam os pesquisadores, que puderam igualmente introduzir uma dimensão suplementar no disco, pela polarização. "Projetando ondas de luz sobre o disco, a direção de seu campo elétrico é alinhada sobre as nanobarras de ouro", comenta Min Gu. Isto permitiu aos pesquisadores gravar diferentes camadas de informação sob diferentes ângulos. "A polarização pode ser girada a 360 graus", acrescenta o professor. "Assim, foi possível gravar, por exemplo, com uma polarização de zero grau, depois, de 90 graus, sem interferência entre os dois níveis".





Graças às nanopartículas de ouro, que reagem à luz em função de sua forma, a equipe australiana pôde gravar a informação sobre DVDs com vários comprimentos de onda.

Créditos: DR.



Algumas dificuldades técnicas, como a velocidade de gravação do disco, devem ainda ser trabalhadas. Contudo, a equipe estima que uma utilização comercial será possível dentro de 5 a 10 anos. Aplicações militares e, sobretudo, médicas são já perspectivadas, em particular para estocar volumosos dossiês médicos, tais como os MRIs (Informações de Imagiamento por Ressonância Magnética).

Innovation Le Journal, maio 2009 (Tradução - MIA).


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