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NOVIDADES
Mesmo que milagres não tenham sido realizados, doentes que sofrem da doença de Parkinson ou de paralisia podiam esperar melhoras de seu estado, em um futuro próximo, graças aos nanotubos de carbono, quando efeitos secundários indesejáveis vieram resfriar essas esperanças. Mas os pesquisadores agora pensam em como se desembaraçar deles. Lembremo-nos da esperança que tinham gerado, há alguns anos, os resultados dos trabalhos de Samuel Stupp sobre a utilização de nanofibras para tentar fazer com que ratos recobrassem o uso de seus membros inferiores. As nanofibras serviam, de algum modo, de tutores para facilitar a regeneração das conexões nervosas, se empregadas cedo, logo após uma lesão da medula espinhal. Mesmo não sendo milagrosos, os resultados eram encorajadores. Propunha-se mesmo a utilização de primos das nanofibras - nanotubos de carbono -, para lutar contra a doença de Parkinson ou facilitar a reparação de fraturas ósseas. Estudos sobre o uso terapêutico de nanotubos de carbono para o sistema nervoso foram realizados, mas os pesquisadores observaram que os nanotubos interferiam com a transferência do influxo nervoso. Essa descoberta levantou dúvidas sobre o verdadeiro potencial dos nanotubos para tratar doenças como a epilepsia ou a de Parkinson. Lorin Jakubek, do LEHN (Laboratory for Environmental and Health Nanoscience), e seus colegas da Universidade de Brown (EUA), julgam ter encontrado uma explicação para o aparecimento desse efeito secundário. Se os pesquisadores têm razão, deveria ser fácil remediar o problema, pelo menos em teoria. Efetivamente, isso seria em nível dos canais iônicos - em particular aqueles que se ocupam do cálcio -, que os nanotubos causariam problemas. Esses canais se encontram na superfície de vários tipos de células, mas estão, sobretudo, fortemente implicados na transferência do potencial de ação entre as células nervosas. Para regular o problema bastaria, pois, fabricar nanotubos de carbono, sem a intervenção de ítrio... Os estudos, realizados como precedentemente com células embrionárias de rins, mostraram de fato que o níquel se comportava frente aos canais iônicos do cálcio à maneira do ítrio, mas com uma eficiência 300 vezes menor. Os íons de Ni (II) e ítrio (Y) são capazes de bloquear os canais iônicos que os confundem com os íons cálcio (Ca). Créditos: Lorin Jakubek (Brown University).
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