Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Lítio : novo eldorado ou miragem efêmera ?

De todas as tecnologias estudadas que permitem alimentar convenientemente os veículos elétricos, aquela utilizando as baterias de íon lítio parece ser a mais promissora.

Adaptadas aos carros urbanos, essas baterias oferecem uma melhor estocagem e um tempo de vida mais longo que as antigas gerações feitas de níquel-metal-hidreto. Assim, os maiores fabricantes de automóveis, como General Motors, Toyota, Mercedes, BMW têm todos novos modelos híbridos ou 100% elétricos que rodarão com o íon lítio (Volt, Prius, Mini, etc.).

Isso significa igualmente que, em futuro próximo, o lítio é suscetível de se tornar um produto "quente". Já, entre 2003 e 2007, a indústria dobrou seu consumo de carbonato de lítio, um componente que intervém na fabricação da maior parte dos cátions das baterias de íon lítio. A Mitsubishi, que prevê produzir 30.000 veículos elétricos no horizonte de 2013, estima que a demanda crescente de lítio exaurirá os estoques em menos de 10 anos, salvo se novas minas do sal forem descobertas.

A metade das reservas mundiais de lítio está situada nos Andes, em países como o Chile e a Bolívia.


O caso da Bolívia

Com as reservas estimadas em 5,4 milhões de toneladas, as minas de sal de Uyuni (Bolívia) deverão se tornar rapidamente a "Arábia Saudita" do lítio, porque essas últimas serão o alvo das maiores fábricas de automóvel.





Salinas de Uyuni (Bolívia).

Créditos: ESA.



Graças às suas importantes reservas de lítio, comparadas ao Chile (3 milhões de toneladas), à China (1,1 milhões de toneladas) e aos Estados Unidos (410.000 toneladas), a Bolívia dá ao presidente boliviano Evo Morales uma "alavancagem" econômica e política considerável.

Em um primeiro momento, a Bolívia anunciou que queria explorar suas minas de lítio (na região de Uyuni), sem recorrer a parceiros externos - ocasião em que as empresas japonesas, francesas e sul-coreanas se precipitaram na tentativa de obter concessões.

Como a Bolívia decidiu jogar a carta do lítio, o Presidente Morales sinalizou ter necessidade de investidores cuidadosos, "com o respeito aos regulamentos bolivianos", e não desejosos "de fazer política" ou "de conspirar contra o governo".

O país começou a construir uma usina-piloto de extração de lítio num local situado no delta do Rio Grande, em Uyuni. A usina-piloto custará no início cerca de 5,7 milhões de dólares (aproximadamente 9,7 milhões de reais), podendo custar no final até 150 milhões de dólares (cerca de 255 milhões de reais), segundo o economista Juan Carlos Zuleta.

Contudo, a extração do lítio possui um custo ambiental elevado. A Meridian International Research fez publicar em um relatório que "a extração de lítio necessária para satisfazer 10% da demanda da indústria automobilística mundial causaria danos, irreversíveis e generalizados (...), incompatíveis com a noção de carro limpo".

Essa extração "vai igualmente gerar poluição, e não apenas a partir de combustíveis fósseis, mas também das usinas de lítio que produzem dióxido de enxofre. Não é uma solução mágica", explicou por sua vez Luis Echazú, Ministro das Minas. De fato, a exploração obriga utilizar o cloro para separar o lítio (cancerígeno) a partir de compostos de magnésio.

William Tahil, diretor de pesquisas da Meridian, estimou que o planeta terá necessidade de 420.000 toneladas de carbonato de lítio - seja: seis vezes mais que a produção anual mundial atualmente. Por outro lado, R. Keith Evans, geólogo especialista em lítio, declarou em seu blog a existência de "28 milhões de toneladas desse metal a ser extraída, suficiente para todo mundo".

Enerzine (Tradução - MIA).


Assuntos Conexos:

Nanoestruturas conferem maior potência às baterias de íon lítio.

Alternativas para prolongar a duração entre as recargas das pilhas de lítio.

Laptops ganham mais autonomia. Lançada uma bateria recarregável que dura 50% mais tempo.

É ver pra crer: bateria recarregável em 1 minuto!


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco