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A bactéria é anaeróbica, mas produz oxigênio.

Sendo o metano uma molécula bastante estável, geralmente se admitia ser impossível sua degradação sem oxigênio ou sulfato. Todavia, em 2006, uma equipe de pesquisadores descobriu uma bactéria capaz de oxidar o metano sem utilizar oxigênio. No lugar, este microorganismo utiliza nitritos, que se encontram especialmente nos sedimentos de água doce de zonas agrícolas.

Hoje, a mesma equipe acaba de mostrar que esta bactéria se desenvolve muito lentamente, em um meio anaeróbico, e em uma comunidade microbiana complexa. Os pesquisadores do Genoscope (projeto ligado ao genoma humano, mas que agora se volta para a genômica ambiental) utilizaram uma abordagem global sequenciando o conjunto dos DNA dessa comunidade (metagenômica).

A partir destes dados de sequências, conseguiram reconstituir o genoma completo do Methylomirabilis oxyfera. Os resultados obtidos permitiram mostrar que os genes classicamente implicados na redução de nitritos estavam ausentes desse genoma. Tal fato conduziu os pesquisadores a sugerir que existe uma outra via de redução de nitritos nessa bactéria anaeróbica e que ela é capaz de produzir por si seu oxigênio e utilizá-lo para oxidar o metano. Esta hipótese foi demonstrada pelos cientistas, que conseguiram capturar esse oxigênio endógeno.





Em azul, marcação específica de todo o DNA; em laranja, marcação específica do genoma Methylomirabilis oxyfera.

Créditos: Katharina Ettwig.



Segundo os pesquisadores, essa nova via de produção de oxigênio poderia ter preexistido ao aparecimento da fotossíntese a bilhões de anos, tornando possível a existência de um metabolismo aeróbico em uma atmosfera desprovida de oxigênio.

CEA (Tradução - MIA).


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