"A idéia é utilizar o corpo humano como condutor para transmitir informações de um captador de sinais a outro". Isto é o que explica Jin-hee Moon, pesquisador da Universidade de Seul. Ele trabalha em um sistema que permite transmitir dados vitais obtidos de um paciente por diferentes captadores, sem passar pela radiofrequência. Esta última é julgada problemática devido a potenciais interferências. "Aqui, os eletrodos dispostos sobre o corpo do paciente constituem uma rede OBC, para "on body communication", precisa o pesquisador. Concretamente, os eletrodos medem as condições de saúde do paciente e transmite os dados recuperados enviando sinais sinusoidais através da pele.


Transmitir dados enviando um sinal sinusoidal através da pele

Os sinais são captados por um outro eletrodo contendo um osciloscópio. Outros sistemas já utilizam esta tecnologia, que permite uma comunicação aumentada e mais confiável que as trocas por radiofrequência. Mas até então o tamanho dos adesivos utilizados era muito grande e os eletrodos não podiam ficar no local mais de 24 horas. Para resolver tais problemas e assegurar a viabilidade destas técnicas, os cientistas combinaram diversos materiais para a fabricação dos eletrodos [poliimida (PI) e polidimetilsiloxane (PDMS)]. Isto permite à pele tolerá-los por mais tempo (até sete dias e de modo contínuo). E, ainda, reduzir muitíssimo seu tamanho.

Corpo humano se torna uma rede de comunicação.

Créditos: Atelier.

Reunir informações sobre o ritmo cardíaco ou a temperatura corporal

O que os torna mais discretos e mais fáceis de carregar pelo paciente em sua vida diária. Tudo isto sem que percam em eficácia. De fato, os pesquisadores realizaram testes que se revelaram conclusivos. Sinais sinusoidais de 45 MHz puderam ser transmitidos sobre a pele entre dois eletrodos situados a trinta centímetros um do outro sobre o braço de um paciente. Para lembrar, já existem vários sistemas que recorrem ao adesivo RFID para coletar informações vitais, tais como ritmo cardíaco ou temperatura corporal. A seguir, eles os transmitem ao paciente por radiofrequência ou telefone, que envia o conjunto de dados ao médico.

Atelier (Tradução - MIA).

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