Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Nanotecnologia chega à casa dos consumidores brasileiros.

A promessa é antiga, apesar de seu tom futurista. Há anos, pesquisadores anunciam as virtudes da nanotecnologia, a manipulação dos materiais em uma escala milhares de vezes menor que a espessura de um fio de cabelo. Em parte, a promessa se cumpriu e produtos que utilizam nanotecnologia vêm sendo tão incorporados ao nosso dia a dia que nem nos damos conta.

É o caso, para citar os mais modernos, do iPod, das lâmpadas LED e até do encordoamento das raquetes de tênis, em cuja composição estão presentes nanotubos de carbono. Outros produtos, que agora começam a ser lançados no Brasil, ostentam para os consumidores a presença de processos nanotecnológicos em sua composição até como estratégia de marketing. São também resultantes de uma sinergia que começa a ocorrer entre universidades e empresas, passando pelas incubadoras.

Este ano, a Contech Produtos Biodegradáveis, de Valinhos, no interior paulista, lançou no mercado duas tecnologias de descontaminação ambiental, uma para tratamento de efluentes e outra para eliminação de compostos tóxicos em solos, desenvolvidas por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O primeiro, uma espécie de argila, que funciona do mesmo modo que uma "esponja", retém resíduos da indústria de papel e celulose e corantes têxteis. O outro acelera a degradação de material contaminado, por exemplo, no terreno de postos de gasolina onde houve vazamento de combustível no solo. Os dois produtos tiraram proveito da composição de materiais nanoparticulados, capazes de absorver resíduos e materiais tóxicos e poluidores.


O avanço dos cosméticos

Este ano, a Biolab Farmacêutica lançou no mercado o Photoprot, segundo o seu diretor, Dante Alário Júnior, o primeiro de uma geração de produtos à base de nanotecnologia. Trata-se de um fotoprotetor contendo nanocápsulas, fruto de uma parceria entre a empresa e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O produto foi desenvolvido pelo grupo da professora Sílvia Guterres, coordenadora da Rede Nanocosméticos, talvez a mais bem-sucedida das redes criadas com financiamento do CNPq e Ministério da Ciência e Tecnologia, para congregar pesquisadores e empresas nas aplicações da nanotecnologia." Daqui a um ano, teremos mais novidades", promete Silvia. Ela não cita quais são alegando estarem em processo de licenciamento.

A Biolab e outras empresas como O Boticário e Natura, que também desenvolvem produtos com processos nanotecnológicos anunciam isso em suas marcas porque consideram importante esclarecer o consumidor. "O setor de tratamento de pele e antienvelhecimento demanda novidades e essa é a área mais promissora", explica Israel Feffermann, diretor de Pesquisa e Inovação do Boticário. "Hoje temos três patentes ligadas à nanotecnologia com quatro produtos no mercado."


Tecidos funcionais

O mesmo ocorre no setor têxtil. No portfólio da Tavex, antiga Santista, está a etiqueta Nano- Comfort, que identifica tecidos tratados com tecnologia nano, com propriedades funcionais, tais como absorção e secagem rápida da transpiração e outras. "Os usuários estão mais exigentes e a nano vai trazer mais funcionalidade aos tecidos", diz Rogério Segura, gerente de desenvolvimento da empresa. "A revolução continua."


Língua Eletrônica

Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, o equipamento é capaz de reconhecer sabores em concentrações bem abaixo do limite de detecção biológico por meio de sensores formados de microeletrodos revestidos com uma camada ultrafina de polímeros condutores. É usado pela indústria do café, vinho, água mineral e suco de laranja.


Tecidos

A Tavex, antiga Santista, detém a etiqueta NanoComfort, que identifica tecidos com incorporação de nanotecnologia e propriedades funcionais, como absorção e secagem rápida da transpiração, propriedades antimicrobianas, resistência a manchas, a tração e a rasgo e facilidade para limpar e passar a ferro. É destinada à confecção de roupas profissionais (workwear).


Cuidados Pessoais

O Boticário foi uma das primeiras empresas a desenvolver cosméticos à base de nanotecnologia. Atualmente possui diferentes produtos para a prevenção e combate aos sinais do envelhecimento corporal, prevenção de rugas e linhas de expressão no rosto e esfoliação, graças ao processo de distribuição seletiva nas diferentes camadas da pele.


Látex Natural

Compostos de borracha natural com nanolâminas de argila que dão mais resistência e impermeabilidade estão sendo utilizados pela Orbys como matéria-prima de câmaras de látex e bolas de tênis. O material também serve como isolante para tapetes, revestimentos industriais e adesivos para o solado de calçados, sendo vendido para a indústria de sapatos gaúcha.


Plásticos

Polímeros biodegradáveis de fontes renováveis estão sendo testados pela Embrapa Instrumentação Agropecuária para serem usados como embalagem de alimentos, remédios e produtos veterinários. Nanofiltros ou membranas seletivas impedem que a água que chega às plantas por irrigação esteja contaminada por fungos e bactérias.

Brasil Econômico.


Nota do Managing Editor: esta matéria foi primeiramente veiculada no Portal Brasil Econômico, em 15 de abril de 2010.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco