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NOVIDADES
Uma equipe de pesquisa financiada pela União Europeia, na Universidade de Bergen, Noruega, utilizou a nanotecnologia para descobrir um meio de imitar os processos fisiológicos naturais do organismo, principalmente a criação de novos vasos sanguíneos para favorecer a fabricação de tecidos através da engenharia biomédica. A Universidade de Bergen participa de importantes projetos financiados pela União Européia, tais como o VascuBone ("Construction kit for tailor-made vascularized bone implants"), que reagrupa 15 parceiros e é financiado com cerca de 12 milhões de euros e que faz parte do programa Cooperação do VII Programa-Quadro (7e PC). A missão deste projeto é melhorar a formação de vasos sanguíneos no curso da regeneração de novos tecidos ósseos. Pesquisadores em biomedicina e em nanotecnologia do mundo inteiro trabalham para encontrar um meio de incitar as células a criar novos tecidos. Mas todos os tecidos necessitam um aprovisionamento de sangue, e é precisamente nisto que trabalha a equipe da Universidade de Bergen. Os pesquisadores da equipe tentam determinar como a nanotecnologia poderia reproduzir os processos naturais do corpo. Estudam, portanto, o modo como as células interagem entre si e com os biomateriais sintéticos, e o que implica o processo de regeneração. O objetivo é compreender e, em seguida, imitar os mecanismos naturais das células para a regeneração e a criação de novos tecidos. "O implante ideal" - explica o professor James Lorens, da Universidade de Bergen, responsável pela equipe de pesquisa -, "deveria reproduzir os tecidos naturias do organismo e enviar sinais de proliferação e de diferenciação às células". A topologia em escala nanométrica é essencial para controlar o modo como isso se produz. "Entretanto, para toda a formação de tecidos, é primordial assegurar um bom aprovisionamento de sangue para o novo tecido. Em outras palavras: é preciso se assegurar que os vasos sanguíneos sejam criados no tecido." A equipe do professor Lorens trabalha sobre o aprovisionamento de sangue, quando da criação de tecidos, e já conseguiu colocar três componentes dos vasos sanguíneos (células epiteliais e músculos lisos, assim como proteínas de matrizes) em um implante onde as células são conectadas aos novos tecidos. A experiência foi um sucesso, tanto nas placas de Pétri como nos pequenos implantes em animais. "Conseguimos demonstrar a formação de vasos nos implantes sintéticos em animais de laboratório", explica o professor Lorens. "No decorrer da próxima etapa, examinaremos outros tipos de tecidos, mais específicos, por exemplo, os tecidos ósseos." A equipe pesquisa igualmente meios de utilizar a nanotecnologia na comunicação direta entre células. Para determinar como as superfícies nanoestruturadas afetam a formação de vasos sanguíneos (a angiogênese), os pesquisadores colocaram células sobre um biomaterial nanoestruturado cuja superfície tinha sido tratada com certas moléculas que enviam sinais específicos às células. ![]() Vasos sanguíneos. Créditos: Inserm.
Uma parte dos trabalhos da equipe de pesquisa consiste em determinar como tais processos funcionam nos tecidos cancerígenos. O professor Lorens observa: "Graças à fabricação de tecidos, podemos reproduzir um tumor, a fim de estudar como ele interage com os vasos sanguíneos. Se conseguirmos inibir o aprovisionamento de sangue ao tumor, ele não mais se desenvolverá e morrerá. A fabricação de tecidos tumorais pode, da mesma forma, nos ajudar a compreender melhor o modo como as células cancerosas se espalham pela circulação sanguínea." A equipe de pesquisa da Universidade de Bergen participa igualmente de uma colaboração com a União Europeia que busca novos medicamentos que poderiam bloquear o aprovisionamento de sangue dos tecidos cancerosos, levando assim ao enfraquecimento do tumor privando-o de sangue. MedicaNews (Tradução - MIA). Nota do Managing Editor: a ilustração apresentada nesta notícia não faz parte da matéria original, tendo sido obtida em www.google.com. Assuntos Conexos: Pesquisadores americanos conseguem criar vasos sanguíneos artificiais de maneira controlada. Nanotubos no sistema sangüíneo: tratamento do câncer in vivo! |
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