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NOVIDADES
Após sua descoberta - recente -, a folha de grafeno isolada se revelou melhor condutora de calor que o diamante que, até o momento, detém o recorde de condutividade. Um grupo de pesquisadores americanos e franceses acaba de mostrar que ela poderá melhorar a dissipação de calor nos componentes eletrônicos. O grafeno é uma única camada monoatômica de carbono que se obtém a partir de um material comum, o grafite. Criado pela primeira vez em 2004, este material não deixa de ser sempre lembrado, em virtude de suas notáveis propriedades físicas. Ainda difícil de ser produzido em massa, em escala industrial, ele poderá revolucionar a eletrônica. Sua celebridade é agora quase tão importante quanto à dos míticos nanotubos de carbono e isto, no fundo, não é tão surpreendente. De fato, os nanotubos de carbono podem ser vistos como folhas de grafeno enroladas. Sabe-se que a condutividade térmica do grafeno é muito alta, 5.000 Wm-1 K-1 à temperatura ambiente. Wolfram Alpha, interrogado sobre o assunto, dá para o diamante um valor de 2.000 Wm-1 K-1, e até a descoberta do grafeno, era um valor recorde para um material à temperatura ambiente. Imagem tomada no microscópio eletrônico mostra uma camada de grafeno (evidenciada na janela circular) colocada sobre um suporte de sílica. As cores mostram um gradiente de temperatura. Créditos: Universidade do Texas - Austin.
Poder-se-á, portanto, depositar camadas de grafeno sobre componentes eletrônicos em silício e melhorar sua capacidade de dissipar o calor, o que autorizaria a fabricação de computadores mais potentes. Os pesquisadores propuseram um modelo explicando a origem do comportamento do grafeno depositado sobre o silício. Tal modelo sugere que, depositar várias camadas, uma sobre a outra, deverá ainda aumentar a condutividade térmica. Futura Sciences (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, de título: "Two-Dimensional Phonon Transport in Supported Graphene", de autoria de J. H. Seol, I. Jo, A. L. Moore, L. Lindsay, Z. H. Aitken, M. T. Pettes, X. Li, Z. Yao, R. Huang, D. Broido, N. Mingo, R. S. Ruoff e L. Shi, foi publicado na revista Science, volume 328, número 5975, págs. 213-216, 2010, DOI: 10.1126/science.1184014. Assuntos Conexos: |
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