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"Anticorpos" de plástico testados em ratos.

Trata-se de uma pequena proeza tecnológica, misturando nanotecnologias e biologia, que os pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) e da Universidade de Shizuoca (Japão) acabam de realizar. Conseguiram criar o que chamam de "anticorpos de plástico".

Testados em ratos, provaram ser eficazes. Um anticorpo é uma proteína complexa, utilizada pelo sistema imunitário para detectar e neutralizar os antígenos de maneira específica. Kenneth Shea e seus colegas buscaram, por conseguinte, obter o equivalente artificial. Para isto, sintetizaram moléculas de plástico, depois juntaram-nas entre si, por polimerização, para fazer pequeníssimas bolas (1/50000 do diâmetro de um fio de cabelo).


Mortalidade reduzida à metade.

Esta reunião é feita em presença ou não da molécula-alvo, que era a melitina, o principal constituinte do veneno da abelha. No momento em que as nanopartículas de plástico foram criadas, misturando-se as moléculas de plástico e as de melitina, tudo se passou como se tivesse sido colocado o pé ou a mão em cimento fresco. Uma impressão se formou e, depois, se solidificou. As nanopartículas, uma vez desembaraçadas das moléculas de melitina, comportaram-se como uma moldagem côncava (oca).





"Anticorpos" de plástico foram testados contra a melitina, principal componente do veneno contido no ferrão de uma abelha.

Créditos: Science and Tech.



Restava, então, testar estes "anticorpos" artificiais. Os pesquisadores usaram três grupos de ratos. No primeiro grupo, injetaram uma dose de melitina (que é sabida mortal) de 4,5 mg/kg. O veneno, efetivamente, matou os ratos. No segundo grupo, os pesquisadores injetaram a mesma dose de veneno, imediatamente (20 segundos) seguida de uma injeção de nanopartículas realizadas sem a passagem pela mistura com melitina. Pequena melhora, mas, finalmente, quase que o mesmo resultado que no primeiro grupo. O terceiro também recebeu a injeção de veneno, nas mesmas doses, mas que foi seguida de uma injeção de nanopartículas suportando as moldagens côncavas da melitina. E aí, surpresa: a mortalidade (menos de 50%) e os sintomas tóxicos nos ratos foram bem menores. "Este, sem dúvida, ainda não é tão eficaz quanto um anticorpo natural", afirmam os pesquisadores. "Mas provou que, in vivo, nanopartículas assim fabricadas podem ajudar a limpar moléculas perigosas tanto no sangue quanto no fígado".

General Business (Tradução - MIA).


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