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NOVIDADES
No Centro Helmholtz de pesquisa sobre os íons pesados (GSI), de Darmstadt (Alemanha), uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu sintetizar e provar a existência do elemento químico 114. Trata-se de um dos elementos mais pesados conhecidos. Sua síntese só é possível com a ajuda de um acelerador de partículas, não tendo sido realizada até o presente, a não ser por dois outros centros de pesquisa, na Rússia e Estados Unidos. Para provar sua existência, os cientistas empregaram o novo dispositivo experimental TASCA (TransActinide and Chemistry Apparatus), que desenvolveram nos últimos anos. O objetivo é agora descobrir, com a ajuda dessa montagem, elementos ainda mais pesados, mesmo além do elemento 118. A experiência, com duração de 4 semanas, permitiu provar a existência de 13 átomos do elemento 114. É, até o momento, a taxa de produção mais elevada para este elemento, que deverá permitir, num futuro próximo, a realização de medidas químicas, atomísticas e de física nuclear sobre elementos superpesados. Dois isótopos foram revelados, com números de massa 288 e 289, e um tempo de meia-vida de cerca de um segundo. A experiência consistiu em bombardear uma superfície recoberta de plutônio por íons de cálcio, acelerados com a ajuda de um acelerador de partículas do GSI, com comprimento de 120m. Os dois núcleos atômicos de cálcio e de plutônio foram, assim, fundidos (fusão nuclear) para formar um núcleo do novo elemento. Este tem por número atômico 114, que resulta, portanto, da soma dos números atômicos do cálcio (20) e do plutônio (94). Os átomos assim sintetizados foram, a seguir, separados dos outros produtos da reação no interior do separador TASCA, depois redirecionados para um detector a base de semicondutor, onde foram identificados pela irradiação emitida quando de sua desintegração. Representação do elemento de número atômico 114 obtido da fusão nuclear dos elementos cálcio (número atômico 20) e plutônio (número atômico 94). Créditos: Xenophilius.Wordpress.
A IUPAC reconhecera há pouco tempo o elemento 112, que recebeu o nome Copernício. Johannes Gutenberg-Universität Mainz [Tradução - MIA]. Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, intitulado: "Production and Decay of Element 114: High Cross Sections and the New Nucleus 277Hs", de autoria de Ch. E. Duellmann, M. Schaedel, A. Yakushev, A. Tuerler, K. Eberhardt, J. V. Kratz, D. Ackermann, L.-L. Andersson, M. Block, W. Bruechle, J. Dvorak, H. G. Essel, P. A. Ellison, J. Even, J. M. Gates, A. Gorshkov, R. Graeger, K. E. Gregorich, W. Hartmann, R.-D. Herzberg, F. P. Heßberger, D. Hild, A. Huebner, E. Jaeger, J. Khuyagbaatar, B. Kindler, J. Krier, N. Kurz, S. Lahiri, D. Liebe, B. Lommel, M. Maiti, H. Nitsche, J. P. Omtvedt, E. Parr, D. Rudolph, J. Runke, B. Schausten, E. Schimpf, A. Semchenkov, J. Steiner, P. Thoerle-Pospiech, J. Uusitalo, M. Wegrzecki e N. Wiehl, foi publicado no periódico Physical Review. Letters, volume 104, paper 252701, 2010, DOI: 10.1103/PhysRevLett.104.252701 |
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