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NOVIDADES
A iniciativa brasileira para recolher e trazer de volta suas informações botânicas, disseminadas em várias instituições ao redor do mundo, levou a uma série de projetos que totalizam cerca de 13 milhões de dólares. Várias instituições subscreveram a iniciativa denominada Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira (Reflora), em dezembro passado. No Brasil, fazem parte da iniciativa o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agências de fomento federais e centros de pesquisa, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e as empresas Natura e Vale SA. Internacionalmente, as duas mais importantes instituições que têm a maioria das espécies são o Royal Botanic Gardens, Kew (Reino Unido) e o Museu Nacional de História Natural (MNHN), da França que, juntos, têm cerca de 600 mil espécies brasileiras. Ambos concordaram em fornecer amostras e auxiliar na digitação das informações. O repositório on-line contará com mais de um milhão de espécimes. Créditos: Flickr/ahhyeah.
O objetivo do Reflora é que informação sobre cerca de um milhão de espécimes de plantas brasileiras, encontradas em coleções botânicas no exterior esteja disponível, on-line, gratuitamente, dentro de três anos. José Oswaldo Siqueira, Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e Botânicas do CNPq, que está coordenando o projeto, informou que outros componentes do Reflora estão relacionados com o repatriamento de espécies e a formação de especialistas em botânica. Siqueira acrescentou que "o projeto é muito importante para o Brasil e outros países, porque vai ajudar a identificar novas espécies de plantas, fazer um novo inventário da flora brasileira e uma revisão da lista de espécies ameaçadas de extinção." "Com esse herbário virtual, pesquisadores e estudantes brasileiros não terão que viajar para o exterior para checar espécies referenciadas, depositadas e coleções estrangeiras." Myriam Nehad, do MNHN, disse que o Reflora "é da maior importância para a pesquisa botânica e conhecimento da flora brasileira em todo o mundo e para a conservação de espécies em todas as partes. Acrescentou que "este projeto vai estimular a cooperação euro-brasileira na formação, melhoria da informação e na pesquisa." Além de contribuir para a preservação das espécimes brasileiras em Paris, o MNHN financiará a produção de imagens digitais, fornecerá a base de dados Sonnerat e a interface que irá capturar informações contidas nas etiquetas das imagens digitais. SciDev (Tradução - OLA). Nota do Manager Editor: esta matéria, de autoria de Maria Helena Hurtado, foi primeiramente veiculada no Boletim SciDev, em 12 de janeiro de 2011. Assuntos Conexos: |
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