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NOVIDADES
O etanol tem sido um dos trunfos brasileiros nos debates globais sobre biocombustíveis, mas o Brasil deixará de ganhar competitividade (e espaço no mercado) se não investir mais em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A conclusão é dos pesquisadores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) Eduardo Winter, Araken Lima e Cristina Mendes, em estudo sobre a cadeia produtiva do etanol publicado em 2010 no livro "Bioetanol de cana-de-açúcar", da Editora Blucher. O trabalho "Mapeamento tecnológico da cadeia produtiva do etanol proveniente da cana-de-açúcar sob enfoque dos pedidos de patentes: cenário brasileiro" mostra que empresas e cidadãos nacionais dominam os pedidos de patentes ligados ao etanol no INPI. Porém, nos processos mais complexos relacionados à biotecnologia, como a fermentação para gerar o combustível, o Brasil já divide a liderança com os norte-americanos. Estas tecnologias são essenciais para a produtividade do etanol e, portanto, seu domínio é decisivo para ganhar espaço no mercado. Cana-de-açúcar Créditos: Brasil 2020.
A maioria das tecnologias nacionais se refere a equipamentos e processos de plantio, colheita e preparo do solo. No entanto, quando se fala em fermentação a partir de microorganismos para obter o etanol, os norte-americanos respondem por 25% das solicitações de patentes contra 24% do Brasil. O Japão aparece logo depois com 15%. Os pesquisadores destacam que a fermentação é ainda mais importante para o desenvolvimento do chamado "etanol de segunda geração", mais intensivo em tecnologia. Portanto, o Brasil precisa investir forte em pesquisa e patenteamento se não quiser perder espaço no ramo de biocombustíveis. INPI. Nota do Manager Editor: a ilustração aqui apresentada não consta da matéria original. |
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