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NOVIDADES
Chips eletrônicos menores e energeticamente mais eficientes podem ser fabricados usando molibdenita (MoS2). Em artigo publicado na revista Nature Nanotechnology, pesquisadores do Laboratório de Estruturas e Eletrônica em Nanoescala, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (a prestigiosa EPFL), apresentaram um estudo mostrando que a molibdenita tem vantagens distintas, quando comparada ao tradicional silício ou ao emergente grafeno, para algumas aplicações em eletrônica. Transistor fabricado usando molibdenita como material semiconductor. Créditos: EPFL.
Uma das vantagens da molibdenita é o fato de ser menos volumosa que o silício, que é um material tridimensional. "Em uma folha de MoS2, com 0,65 nanômetros de espessura, os elétrons podem se mover tão facilmente como em uma folha de silício com 2 nanômetros de espessura", explica Kis. "Mas no momento não é possível fabricar uma folha de silício tão fina quanto uma monocamada de MoS2." Outra vantagem da molibdenita é que ela pode ser usada para fabricar transistores que consomem 100 mil vezes menos energia em estado de espera que os transistores feitos com silício. Para controlar o estado "on" (ligado) e "off" (desligado) de um transistor é preciso usar um semicondutor com "gap" não muito pequeno nem muito grande, a molibdenita possui um "gap de 1,8 eV, ideal para esta finalidade. A existência deste "gap" na molibdenita também lhe dá uma vantagem sobre o grafeno. Considerado hoje, por muitos cientistas, como o material da eletrônica do futuro, o grafeno é um "semimetal" e não possui "gap", cuja tarefa de produzir artificialmente esse "gap" no material não é uma tarefa muito difícil. Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (EPFL) (Tradução - AGS). Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia: "Single-layer MoS2 transistors", de autoria de B. Radisavljevic, A. Radenovic, J. Brivio, V. Giacomettie e A. Kis, foi publicado na revista Nature Nanotechnology, e pode ser acessado no link http://dx.doi.org/doi:10.1038/nnano.2010.279. |
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