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NOVIDADES
Uma equipe de pesquisadores dirigida por Thomas Webster, na Universidade Brown, Providence, EUA, desenvolveu um remendo composto de nanotubos de carbono que favorece a regeneração de células do coração destruídas após um infarto, por falta do aporte de oxigênio. Por ocasião de experiências in vivo, o tecido cardíaco se mostrou seis vezes mais denso em presença do nanoremendo condutor que em sua ausência, o que confirma a eficácia do remendo. Feito de cadeias minúsculas de átomos de carbono dobrados sobre si mesmos para formar nanofibras, ele conduz a eletricidade e imita a superfície rugosa dos tecidos naturais. Os pesquisadores observaram que quanto mais alta era a concentração de nanotubos, mais eficiente era a regeneração das células cardíacas. Segundo a American Heart Association, um terço das mulheres e um quinto dos homens que sofreram um infarto do miocárdio sofreriam outro num espaço de seis anos. Em 2009, pesquisadores suecos, franceses e americanos constataram, graças à dosagem de carbono 14, que aos 50 anos, 55% das células cardíacas datam do nascimento e 45% eram geradas depois dele. Tais resultados testemunham a fraca taxa de regeneração das células cardíacas, daí o interesse em desenvolver um método que acelere sua multiplicação após um infarto. Remendo de nanotubos pode ajudar a regeneração de um coração enfartado. Créditos: Thomas Webster, Universidade Brown
Testes em animais precederão a aplicação do remendo em pacientes vítimas de infarto. Contrariamente a outros materiais utilizados em engenharia de tecidos, o remendo de nanotubos de carbono teria a vantagem de não se degradar no corpo. Brown University (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia de título: "Poly(lactic-co-glycolic acid): Carbon nanofiber composites for myocardial tissue engineering applications", de autoria de D.A. Stout, B. Basu, T.J. Webster, foi publicado on line na revista Acta Biomaterialia, 2011. |
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