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Nanopartículas, camufladas de glóbulos vermelhos, contra o câncer.

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), teve uma brilhante idéia para tornar mais eficaz a administração de substâncias antitumorais graças a nanopartículas, recobrindo-as com uma membrana de glóbulo vermelho. Uma nova ilustração da estratégia do cavalo de Tróia...

A nanomedicina manterá suas promessas ou ficará bem abaixo das esperanças nela depositadas por pensadores transumanistas como Eric Drexler e Ray Kurzweil? Os nano-objetos, imprudentemente abandonados em nosso mundo macroscópico, como os nanotubos de carbono, trarão mais inconvenientes para a saúde humana que vantagens para lutar contra doenças como o câncer ou mesmo para retardar o envelhecimento? É ainda muito cedo para que nos pronunciemos a respeito.

Seja como for, numerosos laboratórios pelo mundo se lançaram no estudo do nanomundo, esperando descobrir numerosos tratamentos. É o caso do grupo de pesquisa dirigido por Liangfang Zhang, em San Diego, na Califórnia.

Os pesquisadores se perguntaram como prolongar o tempo de vida de nanopartículas recobertas de substâncias ativas antitumorais, em um organismo, evitando que elas não sejam reconhecidas como corpos estranhos por este. Limitando os riscos de respostas imunitárias, poder-se–ia então aumentar as chances de que grandes quantidades dessas nanopartículas tenham tempo de "entregar" suas preciosas substâncias nos tecidos doentes e, portanto, tornar mais eficazes certas quimioterapias.


A técnica do cavalo de Tróia

A idéia que os pesquisadores conseguiram realizar é brilhante e simples. Eles conseguiram substituir o interior de células de glóbulos vermelhos por nanopartículas de cerca de 100 nanômetros de diâmetro. É a primeira vez no mundo, segundo Zang e seus colegas, que se pode combinar uma membrana natural de célula com um nano-objeto sintético. Até o presente, as nanopartículas utilizadas, recobertas com um coquetel de substâncias ativas, eram protegidas dos ataques do organismo a ser tratado por uma fina película, frequentemente de polietilenoglicol (PEG).




Formação das nanopartículas camufladas de glóbulos vermelhos.


Créditos: Universidade da Califórnia, San Diego.


Os testes realizados pelos pesquisadores mostram que essas nanopartículas camufladas de glóbulos vermelhos ficaram 72 horas no organismo de ratos, sem desencadear reações de rejeição da parte dos glóbulos brancos. Resta encontrar técnicas para produzir essas nanopartículas, em grandes quantidades, assim como fixá-las sobre a membrana das moléculas capazes de se ligar a células cancerosas específicas.

Futura Science (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, de título: "Erythrocyte membrane-camouflaged polymeric nanoparticles as a biomimetic delivery platform", de autoria de Che-Ming J. Hu, Li Zhang, Santosh Aryal, Connie Cheung, Ronnie H. Fang e Liangfang Zhang, foi publicado na revista PNAS, on-line, junho, 2011, DOI: 10.1073/pnas.1106634108.


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