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Simples assim... Um novo método para fabricar grafeno.

Pesquisadores americanos dizem ter descoberto um método de produção de grafeno, simples e com alto rendimento. O grafeno é considerado como um dos materiais mais promissores: é sólido, condutor e leve.

Centro de um grande número de pesquisas e estudos científicos nos últimos anos, o grafeno é um cristal bidimensional de carbono, composto de uma simples camada, sem defeito, cujos átomos são arranjados sob a forma de uma treliça hiper-regular, tipo casa de abelha. O empilhamento dessas camadas constitui o grafite, existente na natureza. O grafeno é um dos materiais mais resistentes testados até o momento, possuindo notáveis qualidades de condutividade, tornando, potencialmente, muito interessante sua utilização em escala nano. Contudo, aí está a questão: a produção do grafeno continua ainda muito problemática e onerosa.

Em recente edição do Journal of Materials Chemistry, pesquisadores da Universidade Northern Illinois (NIU), perto de Chicago, relatam ter descoberto um novo método de fabricação do grafeno, transformando dióxido de carbono diretamente em algumas camadas de grafeno, de menos de dez átomos de espessura. Bastava, segundo os cientistas americanos, para isto, queimar magnésio puro na neve carbônica.




Amarthya Chakrabarti, um dos autores do trabalho, com uma amostra de grafeno feita pelo método do gelo seco.

Créditos: NIU.


"É provado cientificamente que a combustão do magnésio metálico em dióxido de carbono produz carbono, mas a formação deste grafeno, na forma de algumas camadas, e como resultado principal, nunca foi identificada, nem provada, até nosso último relatório de trabalho", explica Narayan Hosmane, professor de química e de bioquímica, responsável pelo grupo de pesquisa.

"O processo pode potencialmente ser utilizado para produzir grafeno sob forma de algumas camadas, em grande quantidade", explica ele. Até o momento, o grafeno era sintetizado de diferentes maneiras, umas melhores que as outras, utilizando produtos químicos perigosos, a um preço exorbitante. Este novo método é simples, produz poucos resíduos poluentes e é relativamente barato.

O professor Hosmane e seu grupo de pesquisadores objetivavam, inicialmente, produzir nanotubos de carbono. Mas, para a grande surpresa da equipe, na verdade, o que conseguiram isolar foi grafeno. Tal técnica, de grande simplicidade, tinha já sido utilizada antes por inúmeros cientistas, mas estes últimos, aparentemente, não tinham analisado em profundidade a estrutura do carbono produzido. Não lhe restava senão "fazer rodar" seu método para, enfim, poder produzir simplesmente e em grande quantidade este novo material, qualificado como "milagre", fonte de esperança e de entusiasmo tanto no seio da comunidade científica quanto do lado dos industriais.

Universidade Northern Illinois (NIU) (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, de título: "Conversion of carbon dioxide to few-layer graphene", de autoria de Amartya Chakrabarti, Jun Lu, Jennifer C. Skrabutenas, Tao Xu, Zhili Xiao, John A. Maguire e Narayan S. Hosmane foi publicado, on-line, na revista Journal of Materials Chemistry, 2011; DOI: 10.1039/C1JM11227A.


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