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Nanopartículas de amido no interior de nossas células !

A ciência quase sempre avança em pequenos passos... de gigante! Um pesquisador de Lille ligado ao pólo Eurasanté (França) acaba de inventar um meio de transportar anticorpos não mais até a superfície, como hoje, mas ao próprio interior de nossas células doentes. Este "táxi" de anticorpos é uma nanopartícula à base de amido. Vacinas, luta contra o câncer... Esperanças!

A nanopartícula tem dimensão inferior a 100 nanômetros (um nanômetro valendo um milionésimo de milímetro). Uma proteína do sangue tem 7 nanômetros, um glóbulo vermelho, cerca de 8 000. Você gostou da nanopartícula de prata que neutraliza o odor de meias quentes, das nanopartículas de titânio para refletir os raios UV nos protetores solares, de outras que dão cor ou sabor concentrando os aromas de síntese, o cheirinho do café na xícara?


Táxi! Táxi!

Eis a nanopartícula de amido, inventada em Lille por Didier Betbeder, pesquisador discreto, que trabalha num canto do quinto andar do pólo de pesquisa médica Huriez, no CHRU (Centro Hospitalar Regional Universitário) de Lille. Vinte anos de profissão na bioquímica do infinitamente pequeno, abrigados sob o rótulo Lille 2, bioincubados no pólo Eurasanté e cuja invenção deverá trazer interrogações aos laboratórios e aos médicos.

Um anticorpo é uma enorme proteína que serve para reconhecer um antígeno, um inimigo a indicar. Até o presente, era preciso romper a célula para poder atingir, via anticorpo, os antígenos no interior da mesma. "Nós desenvolvemos um "veículo" à base de amido que vai transportar o anticorpo para dentro da célula, mas, sem quebrá-la, sem matá-la", explica Didier Betbeder.

E então? A célula continua viva e o anticorpo continua inteiro e operacional. Ele age a seu modo para transformar uma célula cancerosa em célula não-cancerosa. Ou substituir os adjuvantes de vacinas à base de óxido de alumínio pelo amido bio-orgânico. Ou transformar células-tronco para a reprodução de novos tecidos, bem mais facilmente que hoje. Resumo: pro-gres-so!



Didier Betbeder e alguns membros de sua equipe. Eles são sete no laboratório do pólo Huriez, do CHRU de Lille (França).

Créditos: La Voix.


Didier Betbeder acaba de obter um prêmio de 26.000 euros (cerca de 60.000 reais) no concurso nacional de auxílio à criação de empresas e tecnologias inovadoras. O bioincubador da Eurasanté tem sempre "faro aguçado" para os bons negócios. Ele já permitiu a criação de 48 empresas, com uma taxa de sobrevivência de 60%, em cinco anos, nas exigentes áreas da biologia e da saúde.

La Voix (Tradução - MIA).


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