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NOVIDADES
O grafeno é um cristal bidimensional constituído de uma única camada de átomos de carbono, ordenados segundo uma estrutura hexagonal plana. Ele foi isolado pela primeira vez, em 2004, por Andre Geim, do Departamento de Física, da Universidade de Manchester. Esta descoberta foi recompensada em 2010 com o Prêmio Nobel de Física. Em relação ao aço, uma folha de grafeno é seis vezes mais densa, duas vezes mais dura e 13 vezes mais rígida frente ao dobramento. Na sua superfície os elétrons se deslocam a uma velocidade maior que em qualquer outro material. Um método bastante difundido consiste em produzir o grafeno diretamente sobre superfícies metálicas. Como o grafeno possui ligações químicas fortes com numerosos metais, a etapa final de destacá-lo destes últimos, a fim de isolá-lo, pode levar à sua destruição. Uma equipe da Universidade de Colônia (Alemanha), em cooperação com pesquisadores de Jülich (Renânia do Norte-Westfália, Alemanha), Zagreb (Croácia) e Grenoble (França) descobriu que este efeito não se produz quando o metal utilizado é o irídio. Microscopia de Tunelamento com Varredura (STM) do grafeno sobre o metal irídio, plano (111). Créditos: University of Cologne.
Os resultados experimentais foram confirmados por cálculos teóricos da interação fraca de Van-der-Waals, principal responsável pela ligação entre o grafeno e o irídio. Os cálculos foram realizados no supercomputador JUGENE, do Centro de Pesquisa de Jülich, e permitiram, pela primeira vez, descrever corretamente, do ponto de vista teórico, a ligação grafeno/irídio. Universidade de Colônia (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho: "Graphene on Ir(111): Physisorption with Chemical Modulation", que deu origem a essa notícia é de autoria Carsten Busse, Predrag Lazi", Rabie Djemour, Johann Coraux, Timm Gerber, Nicolae Atodiresei, Vasile Caciuc, Radovan Brako, Alpha T. N'Diaye, Stefan Blügel, Jörg Zegenhagen e Thomas Michely, tendo sido publicado no periódico Physical Review Letter, volume 107, número 3, 036101 (2011), DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.036101. |
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