|
NOVIDADES
Vários pesquisadores europeus realizam um trabalho de pioneiros para explorar a possibilidade de, um dia, substituir toda a produção de carne pela cultura in vitro de células-tronco. Além de eliminar a necessidade de sacrificar animais, essa técnica aparece como bem mais econômica e segura do ponto de vista ecológico. No mundo, o consumo de carne não cessa de aumentar, o que coloca múltiplos problemas. Se a humanidade optasse por uma dieta estritamente vegetariana, grandes quantidades de água e de energia seriam economizadas. Superfícies cultiváveis novas seriam liberadas, contribuindo para reduzir a produção de gás de efeito estufa, sem falar de outras poluições, como aquela relacionada ao estrume. Além disso, a criação em massa aumenta os riscos de aparecimento de epidemias e leva à utilização excessiva de antibióticos, contribuindo para a emergência de microorganismos resistentes. Para alguns, se colocam também problemas de ética, estes, sem dúvida, veriam com bons olhos uma renúncia ao consumo de carne. Mesmo que uma conversão geral a uma alimentação vegetariana seja bem pouco provável, a realidade arrisca, entretanto, a obrigar homens e mulheres deste planeta a rever suas opções alimentares, se desejam perseguir um desenvolvimento durável. Células musculares se desenvolvem neste meio de cultura sobre microesferas. Créditos: Patric Wallin, Chalmers University of Technology.
- uma redução de gás de efeito estufa de 96%; - uma redução da superfície que deve ser utilizada de 99%; - uma redução do consumo de água de 96%. Células-tronco musculares cultivadas em um gel nutritivo sobre Velcro. Créditos: Bart van Overbeeke, Eindhoven University of Technology.
Futura Sciences (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o trabalho "Environmental Impacts of Cultured Meat Production", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Hanna L. Tuomisto e M. Joost Teixeira de Mattos, tendo sido publicado na revista Environmetal Science & Technology, volume 45, número 14, págs. 6117-6123, 2011, DOI: 10.1021/es200130u. |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco