Vasta área de pesquisa - por muito tempo deixada "em repouso", por falta de fontes e de detectores adaptados à exploração das ondas terahertz (entre 100 GHz e 30 THz) -, pode experimentar um novo impulso, graças às recentes descobertas sobre os semicondutores e aos avanços realizados com o insubstituível material-milagre: o grafeno. Uma equipe de pesquisadores da universidade americana Notre-Dame, em Indiana, teve a idéia de associar as inumeráveis propriedades do grafeno ao desenvolvimento de tecnologias que utilizam as ondas terahertz.

As ondas terahertz oferecem novas e atraentes perspectivas nas áreas da comunicação, da imageria médica, detecção química e no advento de scanners corporais (por exemplo, aqueles usados em aeroportos). Fazendo a transição entre a radiação infravermelha e as micro-ondas, as ondas terahertz são notoriamente de difícil produção, detecção e modulação. A modulação, ou seja, a variação da altura das ondas terahertz, é particularmente importante, porque o sinal modulado é capaz de transportar uma informação e é, ao mesmo tempo, claramente mais polivalente, tendo em conta as possíveis aplicações tanto em física quanto em química, ou mesmo em biologia.

Scanners corporais podem ser impactados pela substituição do "metal gate" por grafeno.

Créditos: PlanoBrasil.

A maior parte das tecnologias promissoras que exploram as ondas terahertz, se baseia em semicondutores, cujo padrão principal depende de uma fina camada de metal chamada "metal gate" que permite regular o sinal, mas que reduz sua intensidade restringindo a aproximadamente 30% as possibilidades de modulação. É neste ponto que a equipe americana entra no jogo: baseando seus cálculos sobre a substituição da camada de metal por uma única camada de grafeno, concluíram que as modulações seriam então controladas pela aplicação de uma simples voltagem. O grafeno, que não está mais em sua primeira tentativa, não faz a não ser recomeçar sua revolução.

Techniques du Engineur (Tradução - MIA).

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