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NOVIDADES
Eis aí um material que se parece com a borracha: por sua leveza, sua flexibilidade e sua plasticidade. Contudo, ele pode também ser duro e se parecer, então, como uma resina muitíssimo resistente. Como o vidro, ele pode ser trabalhado sem fôrma, em uma fase intermediária própria deste material obtido a partir da sílica. O novo polímero desenvolvido pelos pesquisadores do Laboratoire Matière Molle et Chimie (CNRS/ESPCI Paris Tech), de Paris, França, ainda não tem nome de batismo, mas parece já ter um futuro promissor! A equipe de Ludwik Leibler publicou na revista Science a receita desse novo material orgânico, concebido a partir de ácidos graxos, de resina epóxi e de um catalisador. O objetivo dos pesquisadores era reproduzir as excelentes propriedades mecânicas dos materiais compósitos, esses polímeros termorrígidos, como a baquelite ou as resinas epóxi, sem ter os seus inconvenientes. Contrariamente aos polímeros termoplásticos (como o poliestireno e o policarbonato), os polímeros termorrígidos não são recicláveis. É preciso dar a eles sua forma definitiva em uma fôrma, pois, sendo sua polimerização irreversível, eles não podem mais ser aquecidos novamente para ser remodelados. Leibler e seus colegas conseguiram conceber um polímero que pode ser moldável à vontade. Melhor: ele apresenta, como o vidro aquecido, essa passagem progressiva ao estado sólido, que permite moldá-lo sem moldagem (o que não é possível com os polímeros termoplásticos). Materiais tão resistentes quanto as resinas epóxi, mas recicláveis ao infinito, poderiam, pois, ser concebidos, afirmam os químicos. Novos polímeros obtidos por químicos franceses do Paris Tech. Creditos: CNRS.
Sciences et Avenir (Tradução - MIA). |
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