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NOVIDADES
O novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, assumiu a pasta nesta terça-feira (24) prometendo aumentar a colaboração entre a geração de conhecimento no meio científico e o desenvolvimento de pesquisa nas empresas privadas. "Uma das necessidades que se impõem é a construção de um modelo que faça a aliança entre o conhecimento científico e a economia", disse. O tom do discurso de 18 páginas lido na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília, soa afinado com as políticas em andamento no governo para aumentar a pesquisa e a inovação tecnológica, como ocorre com os programas Ciência sem Fronteiras e Brasil Maior, lançados no primeiro ano do governo Dilma Rousseff com a participação do antecessor Aloizio Mercadante, a quem Raupp prometeu "dar continuidade ao trabalho". Novo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (primeiro plano) e seu antecessor, Aloizio Mercadante. Créditos: Plano Brasil.
No Brasil, o Estado, incluindo a Petrobras, é o principal agente investidor em pesquisa e desenvolvimento (total de 1,2% do Produto Interno Bruto). Para estimular a participação do capital privado na inovação, Raupp promete aumentar as parcerias público-privadas como é o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi), criada por Mercadante em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A expectativa é que a "Embrapa da indústria" comece a funcionar no próximo mês, colocando à disposição das empresas laboratórios de tecnologia como o do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e centros de alto desempenho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Raupp, que deixou a presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB), elaborou no ano passado uma política espacial contando com a parceria da Telebras com a Embraer para construção do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). Segundo o novo ministro a criação dessas parcerias é estratégica. "O desenvolvimento não acontece espontaneamente. É preciso criar estruturas específicas para que seja cumprido o papel econômico e social da ciência brasileira". Durante a solenidade de assinatura do termo de posse no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff orientou que seja mantido o "casamento" entre o MCTI e o Ministério da Educação (para onde foi Mercadante), que mantêm em conjunto o Programa Brasil sem Fronteiras. Segundo Raupp, um dos conselhos do ministro Mercadante é não levar apenas demanda de despesas para o Palácio do Planalto, mas projetos que estejam bem elaborados e resistam desde a fase de "espancamento" na primeira sabatina feita pela presidenta até a discussão sobre "a nona casa decimal" do Orçamento. Agência Brasil. Nota do Managing Editor: esta matéria, de autoria de Gilberto Costa, foi primeiramente veiculada pelo Portal da Agência Brasil, em 24 de janeiro de 2012. |
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