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NOVIDADES
A utilização da tecnologia laser é fonte de numerosas inovações nas áreas de estudo dos seres vivos e das nanotecnologias. Uma delas revolucionou a biologia molecular. Trata-se das pinças ópticas cujo conceito nasceu em 1986. Um feixe luminoso monocromático, produzido por um laser de baixa potência, pode manter uma partícula dielétrica no lugar, ou deslocá-la, sem nenhum contato. As pinças ópticas são comumente empregadas para injetar, depois manipular, o DNA no interior das células vivas. Elas podem igualmente ser utilizadas para medir forças agindo sobre corpúsculos microscópicos (expressas em piconewtons). Uma vez capturados os corpúsculos no feixe luminoso, instrumentos podem medir seus eventuais movimentos e, portanto, as forças que experimentam. Pinças ópticas (em rosa) já foram utilizadas para esticar uma haste de DNA fixada em duas partículas dielétricas e testar sua resistência. Além de uma certa força, a haste de DNA se abre. Créditos: Nature Physics.
Esta tecnologia autorizaria a escuta e a identificação de vibrações acústicas emitidas por células, bactérias ou ainda vírus, durante seus deslocamentos ou sua respiração. Uma nova área de microscopia acústica poderia, por conseguinte, nascer. Os métodos atuais se apóiam no princípio dos ultrassons médicos para ver o interior da matéria em escala micrométrica. O emprego de pinças ópticas permitiria o estudo não destrutivo do próprio interior das células em uma escala que pode ser nanométrica, aqui onde nenhuma outra técnica de observação não é utilizável. Seria, por exemplo, possível comparar os sons emitidos por células sadias e células doentes. Em um glóbulo vermelho, infectado pelo parasita da malária, a parede vibra com menor facilidade. A escuta com a ajuda de um microscópio nanométrico poderia, portanto, fazer a diferença entre uma célula sadia e uma célula doente. Créditos: © US CDC, domínio público.
Os cientistas continuam otimistas quanto a uma evolução rápida do procedimento para uma aplicação médica. As configurações experimentais devem, não obstante, ser afinadas a fim de poder discriminar eficazmente os numerosos sons que uma célula pode produzir. Alguns se apaixonam pelos cantos de baleia, outros poderão, doravante, se distrair com os cantos de micro-organismos! Futura Sciences (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o artigo "Optically trapped gold nanoparticle enables listening at the microscale", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Alexander Ohlinger, Andras Deak, Andrey A. Lutich e Jochen Feldmann, foi publicado no periódico Physical Review Letters, volume 108, número 1, p. 018101, 2012, DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.018101. Assuntos Conexos: Correia transportadora feita de luz movimenta células. Nanotubos poliméricos podem garantir o futuro da biotecnologia. |
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