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NOVIDADES
Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Nanociências do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR) da Itália mostra que, controlando as "pregas" do grafeno é possível fazê-lo absorver e depois liberar hidrogênio. O resultado foi publicado no periódico Journal of Physical Chemistry. O hidrogênio - que poderia ser o principal combustível do futuro para uma energia limpa e eficiente -, é difícil de acumular e conservar. Esta problemática ocupa numerosas equipes de pesquisadores no mundo todo, mas frequentemente as soluções propostas tropeçam no problema da fase final, quando o hidrogênio deve ser liberado, porque esta manipulação necessita de pressões e temperaturas muitíssimo elevadas, trazendo consigo um desperdício energético importante. Concepção artística da absorção/liberação do hidrogênio no grafeno. Créditos: JPC/ACS.
Os cálculos dos pesquisadores indicam que, quando uma camada de grafeno é comprimida lateralmente, formando ondulações, o hidrogênio adere quimicamente às extremidades destas sinuosidades. Deslocando as ondulações, de modo análogo ao movimento de uma onda, os altos e baixos se deslocam e o hidrogênio se encontra, então, em uma zona côncava, na qual a adesão é desfavorecida. Este mecanismo, combinado ao efeito dinâmico da formação de ondas, provoca a liberação do hidrogênio. "O hidrogênio tem uma forte afinidade pelas zonas convexas do grafeno, e muito pouca pelas côncavas", explica Valentina Tozzini, "porque a energia de ligação é proporcional à inflexão da rede atômica. Uma vez capturado nas extremidades, é possível liberar o hidrogênio invertendo-se a inflexão. É um pouco como sacudir um tapete de grafeno cheio de poeira de hidrogênio". Techniques de l'Ingénieur (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o artigo "Reversible Hydrogen Storage by Controlled Buckling of Graphene Layers", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Valentina Tozzini e Vittorio Pellegrini, tendo sido publicado no periódico Journal of Physical Chemistry, volume 115, número 21, pp. 25523-25528, 2011, DOI: 10.1021/jp208262r. Assuntos Conexos: |
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