O novo teste permite reduzir a triagem - que é feita atualmente em duas etapas e leva vários dias -, para um procedimento único, de menos de uma hora, não custando senão uma fração do preço das ferramentas de diagnóstico habitualmente utilizadas, segundo a Universidade Americana do Cairo (Egito).

Trata-se de um teste líquido, químico, que detecta a hepatite C graças à nanopartículas de ouro.

O teste é fácil e barato, não requerendo equipamento sofisticado para ser explorado, enfatizou Hassan Azzazy, professor de química, líder da equipe de pesquisadores que concebeu o novo teste.

Detectar o vírus da hepatite C nos seis primeiros meses permite uma taxa de cura de 90%, sublinhou, lastimando que pouquíssimo seja feito em nível nacional para lutar contra a prevalência inquietante da hepatite C no Egito.

Cerca de 10 milhões de pessoas sofrem hepatite C no país, segundo a Universidade Americana do Cairo. O vírus, transmitido pelo sangue, contamina 500.000 novos doentes anualmente.

Vírus da Hepatite C.

Créditos: TAP.

No mundo, estima-se em 170 milhões o número de pessoas atingidas pela doença crônica que desencadeia o vírus e, segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), três a quatro milhões de novos indivíduos são infectados à cada ano.

Os países em que o vírus está mais presente são o Egito, com uma taxa de prevalência de 22%, o Paquistão (4%) e a China (3,2%), segundo a OMS.

A maioria das pessoas atingidas pela hepatite C não pode sarar de modo espontâneo, contrariamente às hepatites A ou B, porque quando o vírus é atacado pelas defesas imunitárias, muda em variantes mais resistentes.

A contaminação se dá quando de uma transfusão de sangue, uma doação de órgão ou de mãe para filho.

Agence TAP (Tradução - MIA).

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