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NOVIDADES
A ONG Amigos da Terra denunciou "a hipocrisia" e "a irresponsabilidade" dos países desenvolvidos, que solicitam à China o aumento de suas quotas de exportação de terras-raras, quando tais países deveriam, sim, frear a demanda mundial "enquadrando a indústria das novas tecnologias". Comunicado veiculado em 21 de março 2012. No dia anterior, os Estados Unidos, a Europa e o Japão fizeram queixas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a China, acusada de limitar de modo abusivo suas exportações de terras-raras. As terras-raras são elementos químicos que permitem aumentar a miniaturização, fabricar telas extraplanas ou reduzir o atrito dos ímãs nos motores. Elas estão presentes em uma ínfima porcentagem na rocha mãe, o que implica, lembram os Amigos da Terra, o uso de "meios importantes e técnicas pesadas de extração". Ainda que as terras-raras estejam repartidas de modo bastante homogêneo no mundo, as minas chinesas fornecem mais de 95% da produção mundial. "Os países desenvolvidos não extraem terras-raras em seu território, porque os desgastes ambientais seriam consideráveis e as condições de trabalho muito difíceis", o que é "inaceitável para a opinião pública", sublinha Sylvain Angerand. Mas, então, "porque aceitar na China?, pergunta ela. Extração de terras-raras na China. Créditos: AFP.
Os Amigos da Terra denunciam "a irresponsabilidade dos países desenvolvidos que, de um lado, incitam ao consumo, e, de outro, se recusam assumir os impactos ambientais e sociais que deles decorrem". "Mais que fazer pressão sobre a China para que ela aumente suas quotas de exportação de terras-raras, os países desenvolvidos deveriam questionar seus modos de consumo e enquadrar a indústria das novas tecnologias", estima a ONG, lembrando que os produtos high-tech, vendidos com grande estardalhaço, "estão obsoletos em alguns meses". Para "reduzir a demanda mundial" e "frear a extração de recursos naturais", Camille Lecomte, encarregada da campanha, solicita às empresas que "abandonem as lógicas de obsolescência programada" e que "tornem passíveis de reparação os produtos colocados no mercado". AFP (Tradução - MIA). Assuntos Conexos: |
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