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NOVIDADES
Os engenheiros do esporte exploram hoje tecnologias da mais alta vanguarda. O que nos reservam os Jogos Olímpicos (JO) de 2016 e os seguintes? Provavelmente, uma regulamentação adaptada... A estranha silhueta de Oscar Pistorius, o corredor de pernas de gazela, se impõe aos olhos de todos como testemunha das mudanças profundas que os progressos científicos e técnicos trazem ao esporte. Nascido em 1986, sem perônio e amputado das duas pernas quando ainda bebê, este Sul Africano, contudo, realizou seu sonho: correr! Logo abaixo de seus joelhos, suas pernas são de fibras de carbono, um material nem sequer revolucionário. Oscar Pistorius participou dos Jogos Paralímpicos de 2004 e se fez conhecer mundialmente em 2007, em Roma, onde corre, honrosamente, entre competidores validados. O debate é, então, saber se as pernas de carbono conferem a ele uma vantagem. Após perícias contraditórias, a Federação Internacional de Atletismo o autoriza correr com as próteses validadas e até mesmo participar dos Jogos Olímpicos de 2008, mas ele falha nos testes preliminares. Em 2012, ele esteve em Londres e teve seu lugar. Pistorius correu na semifinal de 400 m, onde foi eliminado, como também, na final do revezamento 4 x 400 m. Oscar Pistorius, o primeiro atleta com próteses de pernas a participar de uma competição entre corredores credenciados. Créditos: Futura Sciences.
Hoje, a ciência dos materiais desce ainda mais baixo na escala das dimensões. Uma empresa como a Zyvex Technologies se lança na utilização de nanotubos de carbono e de grafeno, visando ganhar na diminuição do peso e no aerodinamismo, o que pode servir , por exemplo, ao ciclismo. Os avanços tecnológicos recentes sempre têm algo a interessar em todos os campos do esporte. Fala-se hoje de solas criadas sob medida, por computador, para sapatos de corrida ou ainda vestimentas fabricadas por pulverização, com propriedades ajustadas à competição do dia. Do lado da fisiologia humana, os avanços esperados são muitos, mesmo excluindo-se o doping e, particularmente, sua versão genética. Uma das vias de pesquisa é o acompanhamento dos parâmetros fisiológicos do esportista (também chamado monitoramento), que um dia talvez esteja carregado de chips eletrônicos. Contudo, os progressos em química, eletrônica e genética colocam verdadeiras questões para o esporte das próximas décadas. Isto é o que adianta um relatório do Institution of Mechanical Engineers, do Reino Unido, intitulado Sports Engineering: A unfair Advantage? ("Ingenharia esportiva: uma vantagem injusta?"). Após terem feito um balanço da evolução em curso nos laboratórios, os pesquisadores preconizam que os responsáveis pelo esporte mundial, em colaboração com os engenheiros do esporte, reflitam bastante sobre regulamentos claros. Futura Science (Tradução - MIA). Uma pistola de pintura... e você estará pronto para a festa! |
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