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Nanotecnologia no tratamento da tuberculose.

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Moleculares (IMBV) da Universidade de Oslo (Noruega), dirigido pelo professor Gareth Wyn Griffiths, poderá obter, proximamente, após 10 anos de pesquisa, um tratamento contra a tuberculose.

"Os macrófagos são células que podem ser comparadas ao serviço de coleta de resíduos domésticos no organismo. É neste tipo de célula que se encontra a bactéria da tuberculose. O conceito é atualmente baseado na injeção de nanopartículas, contendo o tratamento, que são absorvidas pelos macrófagos antes de liberar a substância ativa, a fim de alvejar a bactéria.", explica Gareth Griffiths. Hoje, as experiências são feitas com partículas coloridas, injetadas em um peixe transparente, o peixe zebra. Isto permite que os pesquisadores possam observar como as nanopartículas são absorvidas pelos macrófagos no corpo do peixe vivo, sem ter que abri-lo. Os cientistas testam, assim, diferentes nanopartículas biodegradáveis, até encontrar o tipo mais facilmente absorvível, sendo o objetivo, portanto, evitar qualquer intoxicação do organismo.



Nanomedicina: nova esperança para várias doenças, com efeitos colaterais menores.

Créditos: Nanomed.Wustl.


"Nossa pesquisa centra-se, globalmente, na descoberta do tipo certo de nanopartícula.", diz Gareth Griffithis. "Isto poderia, no futuro, ser utilizado para tratar outros tipos de doenças. Se a quimioterapia, por exemplo, pudesse atacar as células cancerosas em nível local, ao invés de tratar todo o corpo, as doses poderiam ser mais elevadas do que são hoje. Este é sem dúvida o futuro da medicina.", acrescenta ele.

"A nanotecnologia tem um enorme potencial na medicina.", confirma Ruth Schmid-Baumberger, diretora de marketing para o desenvolvimento da tecnologia médica da SINTEF Materials and Chemistry (empresa norueguesa). "É importante lembrar o público que a medicina baseada nas nanotecnologias tem as mesmas exigências que a medicina convencional, em termos de testes e de homologações", acrescenta ela.

University of Oslo (Tradução - MIA).


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