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NOVIDADES
Os narizes artificiais não são novos, muitos já são utilizados em laboratórios e aeroportos, mas atualmente nenhum deles é capaz de detectar explosivos e outras substâncias químicas com tão poucas moléculas no ar quanto este. A título de comparação, os cães são capazes de identificar as moléculas presentes no ar com dez vezes mais precisão que o homem. É, portando, tendo como modelo o cão que os pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara (EUA) criaram seu sniffer de nova geração. Seu sistema oferece desempenhos comparáveis àqueles dos cães - em certos casos, melhores -, uma vez que é capaz de identificar concentrações de moléculas muito baixas, da ordem de uma sobre um bilhão (ppb). O chip composto de microcanais, vinte vezes mais finos que um fio de cabelo humano, envia e concentra as moléculas com um fator superior a um milhão. A seguir, as moléculas captadas interagem com nanopartículas que amplificam sua assinatura espectral, o que permite ao espectrômetro Raman analisar sua composição com precisão. Ilustração do conceito de como o canal microfluídico de superfície livre em microescala concentra as moléculas de vapor que depois se ligam a nanopartículas no interior de uma câmara. Um feixe de laser detecta as nanopartículas que amplificam a assinatura espectral das moléculas detectadas. Créditos: UCSB.
Embora inicialmente desenvolvido para permitir a pesquisa de explosivos, esta tecnologia poderá ver seu raio de ação ser rapidamente aumentado. Sua capacidade de identificar as moléculas de forma tão precisa poderá ser utilizada a fim de identificar drogas, de informar o estado de conservação de um alimento, permitindo igualmente identificar doenças como certas formas de câncer. Generation-NT (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor - O trabalho: "Free-Surface Microfluidics/Surface-Enhanced Raman Spectroscopy for Real-Time Trace Vapor Detection of Explosives", que deu origem a esta notícia, é de Brian D. Piorek, Seung Joon Lee, Martin Moskovits e Carl D. Meinhart, tendo sido publicado na revista Analytical Chemistry, volume 84, número 22, págs. 97009705, 2012, DOI: 10.1038/nchem.1481. Assuntos Conexos: |
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