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NOVIDADES
A revista Nature publicou um estudo que tende a demonstrar que a quantidade de metano que escapa de alguns poços de gás de xisto seria cerca de 4 vezes maior que o previsto, o que tornaria uma fonte de energia emissora de gás de efeito estufa tão nociva quanto o carvão. Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA), em colaboração com a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) - agência americana responsável pelos oceanos e a atmosfera -, estimaram que os vazamentos de metano na vizinhança de poços dos campos da bacia d'Uintah (Utah, EUA) se elevaram a 9%. Calculado em 20 anos, seu poder de aquecimento equivale a 62 vezes àquele de CO2 (para um número igual de moléculas), e 200 vezes em cem anos. Exploração de gás de xisto nos Estados Unidos: preocupações! Créditos: Enerzine.
Os números oficiais do governo americano a partir de 2009 revelam uma taxa de vazamento da ordem de 2,4%. Estes novos trabalhos vêm contrariar um dos principais argumentos em favor da exploração de gases de xisto, segundo o qual ele continuaria sendo uma fonte de energia "mais limpa" que o carvão. Nos Estados Unidos, o gás de xisto representa cerca de 100 bilhões de m3 dos 600 bilhões de m3 de gás extraídos. Esta revelação foi imediatamente objeto de críticas pela indústria do setor e por outros pesquisadores, que questionam o método de cálculo de fugas utilizado. De qualquer forma, novos trabalhos sobre as emissões de metano ligadas às perfurações de gases de xisto foram feitos não apenas pela NOAA, mas também pela Universidade do Texas e a ONG Environmental Defense Fund. Os resultados serão publicados ainda neste ano. Enerzine (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor - O trabalho "Methane leaks erode green credentials of natural gas", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Jeff Tollefson, tendo sido publicado na revista Nature, volume 493, número 7430 (2013), DOI:10.1038/493012a. |
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