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Molécula orgânica substituiria os chips de silício ?

Equipe dirigida pela Universidade de Washington, em Seattle (EUA), e a Universidade do Sul da China descobriu uma molécula que parece promissora, podendo se constituir numa alternativa biológica (orgânica) ao atual silício semicondutor.

Esta molécula é um ferroelétrico, o que significa que ela é carregada positivamente sobre uma face e negativamente sobre outra, o que produz uma polarização elétrica que pode ser orientada, conforme desejado, através da aplicação de um campo elétrico de intensidade superior a um certo limiar. Componentes ferroelétricos são já aplicados em alguns monitores, sensores ou chips de memória.

Segundo o professor Jiangyu Li, este material à base de carbono poderá permitir estocar, a baixo custo, informações digitais; poderá igualmente ser utilizado para os sensores médicos implantáveis no corpo.

Este ferroelétrico orgânico funciona também em temperatura ambiente e conserva suas propriedades até 153 graus Celsius, o que o torna superior aos ferroelétricos à base de titanato de bário.

Outra vantagem: a constante dielétrica deste material, ou seja, sua capacidade de estocar energia - é mais de 10 vezes mais elevada que para os outros materiais ferroelétricos orgânicos. Enfim, ele possui igualmente propriedades piezoelétricas e pode, portanto, converter o movimento em eletricidade.

A molécula é fabricada a partir do bromo, um elemento natural isolado a partir do sal do mar, misturado ao carbono, hidrogênio e nitrogênio. Ela não substituiria já todos os atuais materiais inorgânicos, mas poderia ser utilizada nas aplicações onde o custo, o peso, a flexibilidade e a toxicidade são importantes.

Em novo estudo, Li colaborou com Katherine Zhang, da Universidade de Boston, para explorar o fenômeno em tecidos biológicos. A única prova anterior da ferroeletricidade em tecido vivo foi, em 2012, relatada para conchas.



Resposta elétrica sobreposta no interior da parede da aorta.

Crédito: Jiangyu Li.


O estudo mostra evidências claras de ferroeletricidade em uma amostra de aorta de suínos. Os pesquisadores acreditam que as descobertas se aplicam também ao tecido humano.

RT Flash/Science Daily (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor - O trabalho "Biological ferroelectricity uncovered in aortic walls by piezoresponse force microscopy", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Yuanming Liu, Yanhang Zhang, Ming-Jay Chow, Qian Nataly Chen e Jiangyu Li, tendo sido publicado na revista Physical Review Letters, volume 108, número 7 ( 2013), DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.078103.


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