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NOVIDADES
Na praia seu celular deixa de funcionar porque a pilha a combustível que o alimenta esgota suas reservas de hidrogênio. Não se preocupe: graças à descoberta de pesquisadores da Universidade de Buffalo (EUA), em breve, bastará jogar nanopartículas de silício em uma garrafa de água para - quase que instantaneamente -, liberar grandes quantidades de hidrogênio. Inúmeros são os laboratórios empenhados na pesquisa de novas fontes de energia que utilizam as nanotecnologias. Podem se tratar de tentativas de fotossíntese artificial ou de armazenamento de hidrogênio por processos simples e convenientes, por exemplo por intermédio de buckminster fulerenos. Aliás, há uma grande esperança no hidrogênio quer seja para fazer andar os carros de amanhã ou alimentar diversos dispositivos eletrônicos. Não obstante, não se deve perder de vista que o hidrogênio, em si, não é uma fonte de energia primária, mas somente um vetor conveniente que se pode utilizar, por exemplo, nas pilhas a combustível. Em geral, este hidrogênio é obtido inicialmente por eletrólise. É preciso, pois, produzir eletricidade de um modo ou de outro, de preferência a partir do sol. Breve, o hidrogênio disponível em todo lugar graças às nanopartículas Pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, acabam exatamente de anunciar em um artigo na revista NanoLetters uma descoberta que deverá ter implicações na área das pilhas a combustível. Imagine-se em férias nas praias negras de Stromboli (Itália) ou em uma excursão ao fundo do Grand Canyon (EUA). Seu telefone ou seu laptop vai deixar de funcionar por falta da eletricidade fornecida pela pilha a combustível. Nada de pânico! Basta pegar um pequeno tubo contendo nanopartículas de silício - um dos elementos mais abundantes na Terra - e despejar o conteúdo em um frasco cheio de água do Mediterrâneo ou do rio Colorado. Um desprendimento de hidrogênio se dá no mesmo instante (sem que seja necessário aquecer nem utilizar luz ou eletricidade), recarregando ao mesmo tempo a pilha a combustível. Vista, ao microscópio eletrônico, de nanopartículas de silício, capazes de liberar hidrogênio a partir da água. Para isto, inútil aquecer ou utilizar uma corrente elétrica. Créditos: Swihart Research Group, Universidade de Buffalo.
Mais uma vez, não é uma fonte de energia primária, porque foi preciso gastar energia para produzir estas nanopartículas. Elas constituem exatamente um meio prático para alimentar pilhas a combustível em lugares em que a água é abundante e nas situações problemáticas longe de fontes de eletricidade. Isto sem dizer que um tal pó irá, certamente, interessar à indústria e às forças armadas. Futura Sciences (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor - O trabalho "On-Demand Hydrogen Generation using Nanosilicon: Splitting Water without Light, Heat, or Electricity", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Folarin Erogbogbo, Tao Lin, Phillip M. Tucciarone, Krystal M. LaJoie Larry Lai Gauri D. Patki Paras N. Prasad e Mark T. Swihart, tendo sido publicado na revista NanoLetters, volume 13, número 2, págs.451-456 (2013), DOI: 10.1021/nl304680w. |
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