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NOVIDADES
Se o grafeno apresenta propriedades suficientemente promissoras para suplantar o silício, uma outra solução de futuro poderá provir do germânio É o que autorizam pensar os resultados de pesquisadores da equipe de cientistas do professor Joshua Goldberger, da Universidade Estadual de Ohio, situada em Columbus (EUA). Goldberger chamou "germanano" o material monocamada que ele sintetizou, por analogia ao grafano, que é a versão do grafeno para a qual cada átomo de carbono se vê associado a um átomo de hidrogênio. Germanano: estrutura, aspecto físico e monocamadas. Créditos: ACS Nano.
O pesquisador e sua equipe conseguiram criar redes cristalinas puras de germânio com terminações hidrogênio (GeH). Este é um verdadeiro desafio, uma vez que as tentativas de fazer crescer monocamadas (de um átomo de espessura) estáveis de germânio eram vãs, infrutíferas, até o presente. Além disso, se a banda proibida do silício é indireta, a do germanano é direta. Ora, esta propriedade é indispensável no quadro de aplicações optoeletrônicas. As pesquisas com o grafeno já demonstraram que as propriedades eletrônicas de monocamadas de semicondutores são bem maiores do que aquelas dos materiais a bulk com mobilidades de portadores superiores. Precisamente, no germanano, a mobilidade dos elétrons é cinco vezes superior que no germânio bulk e 10 vezes mais que no silício. Estas propriedades intrínsecas do germanano o predispõem a ser utilizado para fabricar dispositivos optoeletrônicos e sensores avançados de próxima geração. Silicon (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor - O trabalho "Stability and Exfoliation of Germanane: A Germanium Graphane Analogue", que deu origem a esta notícia, é de autoria de Elisabeth Bianco, Sheneve Butler, Shishi Jiang, Oscar D. Restrepo, Wolfgang Windl e Joshua E. Goldberger, tendo sido publicado na revista ACS Nano, 2013, DOI: 10.1021/nn4009406. |
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