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NOVIDADES
Nanobastões de ouro revestidos com proteínas que vão desencadear uma resposta imunológica - um novo tipo de vacina-, é proposto por pesquisadores da Vanderbilt University (USA). O sistema consegue imitar um vírus para as células imunitárias especializadas do organismo. Esta técnica, apresentada em edição recente da revista Nanotechnology, encontra sua primeira aplicação contra a infecção pelo vírus sincitial respiratório (VSR) , responsável por várias centenas de milhares de mortes no mundo, a cada ano. A técnica - totalmente diferente da abordagem atual, que utiliza vírus mortos ou inativos -, acaba de ser testada em laboratório, utilizando uma proteína específica, presente na superfície do vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa das infecções virais das vias respiratórias e responsável por cerca de 65 milhões de infecções por ano, principalmente em crianças e idosos. Nanobastões de ouro abrem novas perspectivas para vacinas contra o VSR. Créditos: Santelog.
Os efeitos nefastos do vírus estão ligados, em parte, a uma proteína específica, chamada F, que recobre a superfície do vírus. É esta proteína que vai permitir que os vírus penetrem nas células e, depois, os aglomerar, o que torna mais difícil a eliminação. A defesa imunológica contra o VSR é, pois, dirigida à proteína F, mas, até o presente, os pesquisadores não conseguiram desenvolver uma vacina que "leve" a proteína F até as células imunológicas especializadas. Pequenos nanobastões de ouro, de 21 nanômetros de largura e 57 nanômetros de comprimento, têm quase a mesma forma e o mesmo tamanho do vírus. Eles são recobertos de proteína F, que fica aderida graças às propriedades físicas e químicas únicas dos próprios nanotubos. Aqui, os pesquisadores mostram que os nanotubos de ouro conseguem entregar a proteína F a células imunológicas específicas, as células dendríticas, extraídas de amostras de sangue. Assim, quando os nanobastões revestidos com proteína F são colocados em presença de uma amostra de células dendríticas, os pesquisadores constatam a proliferação de células T, como é o caso quando da resposta imunológica. Os nanobastões revestidos são não somente capazes de imitar o vírus mas, também, de estimular uma resposta imunológica. Além disso, eles não parecem ser tóxicos para as células humanas. O professor James Crowe, autor principal do trabalho, lembra a enorme necessidade de uma vacina contra o VRS, principal causa de pneumonia viral em crianças, e estima que a técnica não se limita apenas ao VSR: "Essa plataforma poderá ser utilizada para desenvolver vacinas experimentais contra, praticamente, não importa qual vírus, e mesmo contra micróbios maiores, tais como as bactérias e fungos.". Santelog (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor - O trabalho "Gold nanorod vaccine for respiratory syncytial virus", que deu origem a esta notícia, é de autoria de John W Stone, Natalie J Thornburg, David L Blum, Sam J Kuhn, David W Wright e James E Crowe Jr, tendo sido publicado na revista Nanotechnology, vol. 24, número 29, 295102 (2013), DOI:10.1088/0957-4484/24/29/295102. |
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