Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Os ambiciosos desafios para o futuro da medicina.

Selecionar o genoma de seu filho, como em Bem-vindo à Gattaca, fazê-lo crescer em laboratório, como em O Melhor dos Mundos, depois o "bionisar", para fazê-lo "o mais forte, o mais rápido... em uma palavra, o melhor", como proclamou O Homem de Três Milhões de Dólares. Isto, agora, é possível. Ou... quase!



Na Europa, em breve, o exoesqueleto deve ser utilizado para reeducar pessoas vítimas de AVC (derrame).

Créditos: Photo AFP.



As vertigens do DNA

Dez anos após a primeira decodificação de um genoma humano inteiro, as perspectivas são vertiginosas. Amanhã, por algumas centenas de dólares, você poderá ter a carteira de identidade de seus genes e "predizer" o risco de doenças. Este já é o caso para alguns tipos de câncer. Mas, por que esperar atingir a idade adulta?

O sequenciamento de alto rendimento do DNA permitirá também detectar as anomalias genéticas do feto, de modo não invasivo, por amostragem do sangue materno que contém, desde a nona semana de gravidez, fragmentos de DNA do futuro bebê. A trisomia 21 pode, assim ser detectada sem a necessidade de se recorrer à amniocentese (retirada de uma amostra do líquido amniótico do útero para avaliação em laboratório), exame que apresenta riscos. Mas por que esperar nove semanas?

Em 18 de maio, Connor Lévy, primeiro bebê "geneticamente perfeito", nasceu nos Estados Unidos: graças à uma nova técnica de fecundação in vitro (FIV), seu genoma foi passado em revista para eliminar as anomalias cromossômicas mais conhecidas. Esta seleção permite reduzir a taxa de insucesso, muito alta, da FIV: o implante falhou em 85% dos casos. Por que, então, correr o risco de transferir o embrião? A ectogênese em úteros artificiais deveria ser possível daqui a cinquenta anos, segundo o biólogo Henri Altan. A FIV, líquido amniótico de síntese, placenta artificial... os bebês serão "cultivados" em laboratório, como imaginara Aldous Huxley, em 1932. Mais uma vez, as melhores intenções são colocadas: salvar prematuros ou permitir a mulheres sem útero procriar? Mas a perspectiva é verdadeiramente arrepiante!


Nanomedicina infinita

Antes de chegar a cultivar seres "perfeitos", a tecnologia julga melhor cuidar de nós. Primeiro acelerando o diagnóstico de certas patologias graças, por exemplo, à espectrometria de massa, que caracteriza a estrutura química de moléculas em alguns minutos quando, às vezes, é necessário esperar 15 dias pelos resultados de uma cultura biológica.

Diagnosticar um câncer em uma amostra de sangue ou de urina deverá ser uma prática corrente em menos de dez anos, segundo o Professor Pierre Laurent-Puig (Universidade Paris-Descartes), França. Utilizadas no diagnóstico com chips de DNA, as nanopartículas (um bilionésimo do metro) deverão também ser utilizadas para conduzir o medicamento no núcleo das células doentes.

Testes no tratamento de sarcomas de partes moles (estudo feito por nano-Raio-X) oferecem os primeiros resultados animadores: nanopartículas de dióxido de háfnio são introduzidas no tumor, a fim de aumentar a eficácia da radioterapia. Lançado em fevereiro de 2013, o estudo NanoAthero visa criar nanopartículas que podem "entregar" um medicamento que interrompe o desenvolvimento de placas de aterosclerose.

Estes nanomateriais abrem, assim, caminho à uma nanomedicina "regenerativa", para reparar tecidos ou órgãos. Tetraplégicos puderam usar seus membros novamente, graças a eletrodos implantados na medula óssea e o exoesqueleto da empresa japonesa Cyberdyne deverá ser utilizado nos hospitais europeus para reeducar pessoas vítimas de AVC ou de lesões da medula espinhal.

Em Grenoble (França) - local pioneiro em estimulação cerebral na doença de Parkinson -, o centro de pesquisa Clinatec deve iniciar pesquisas sobre outras aplicações de implantes cerebrais. Um dia, talvez, poderão curar os TOC (transtornos obsessivo-compulsivos) ou a anorexia mental. Quanto ao olho biônico - um implante destinado a pacientes atingidos por retinite pigmentosa - acaba de ser validado pela agência americana de medicamentos (FDA).

Républicain-Lorrain (Tradução - MIA).


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco