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NOVIDADES

Fabricação de grafeno artificial.

Descoberto em 2004, o sucesso do grafeno foi imediato. O cristal mais fino conhecido, que se encontra em estado natural nos cristais de grafite, é também ultrafino, transparente e um excelente condutor de eletricidade. Tais propriedades fazem do grafeno o material ideal para a nova geração de transistores suscitando o interesse dos engenheiros eletrônicos.

Atualmente, esta "paixão" foi reavivada com o anúncio que uma nova etapa foi vencida, ou seja: foi possível fabricar grafeno artificial, um material ainda mais promissor.


Nanogeometria variável

O grafeno é constituído de átomos de carbono arranjados numa estrutura tipo "ninho de abelhas" sobre uma superfície plana. O empilhamento de uma quantidade destas folhas constitui o grafite.

Pesquisadores do Instituto de Eletrônica, Microeletrônica e Nanotecnologia (IEMN) situado em Lille (França), fabricaram um grafeno artificial conservando esta mesma estrutura de "ninhos de abelha", porém substituindo os átomos de carbono por nanocristais semicondutores.



Grafeno artificial feito de nanocristais semicondutores

Créditos: Gizmag


Modificando o tamanho, a forma e a natureza química dos nanocristais, é teoricamente possível adaptar o material a tarefas específicas, explicam os autores do trabalho.


Potencial


"Esses semicondutores automontados com uma estrutura de "ninho de abelhas" vão se tornar uma nova classe de materiais com um grande potencial", explica Ludger Wirtz, da Universidade de Luxemburgo. "O grafeno artificial abre as portas para uma grande variedade de materiais com nanogeometria variável, dotados de propriedades sintonizáveis". Dito de outra maneira: materiais cujas características mecânicas e elétricas podem ser moduladas.

Ainda segundo os pesquisadores, o novo material deverá levar à realização de dispositivos eletrônicos e ópticos mais rápidos, menores e mais leves. Citam, notadamente, a possibilidade de serem obtidas células fotovoltaicas de alto desempenho e a criação de novos tipos de lasers e LEDs.

Sciences et Avenir (Tradução - OLA).


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