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NOVIDADES
"Mudanças climáticas contribuem para a redução na produtividade de culturas integrantes da cesta básica de grande parte dos países em desenvolvimento, como arroz, milho e soja. Esses governos devem fazer adaptações adequadas às suas realidades locais - de país para país e de região para região dentro de um mesmo país", defendeu o pesquisador José Marengo, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e um dos autores do quinto relatório do painel intergovernamental, o IPCC-AR5. A apresentação de hoje focou os resultados do Grupo de Trabalho 2 (GT 2) - Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade. As políticas públicas devem moldar a demanda dos recursos naturais e não apenas fazer investimentos para expandir a oferta, ressaltou outra autora, Carolina Dubeux. Isso significa que o preço deve refletir a escassez do bem. Pesquisadores participantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em entrevista coletiva na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro. Créditos: MCTI
O aquecimento global, além de abalar a segurança hídrica e a alimentar no Brasil, impacta a segurança energética, destacaram os participantes. Na América do Sul, os principais problemas listados são a redução da produção de alimentos, o aumento de problemas de saúde, a intensificação de deslizamentos de terra e enchentes. A contribuição do GT 2 considera a vulnerabilidade e exposição dos sistemas naturais e socioeconômicos, os impactos observados e os futuros riscos das mudanças climáticas, analisando seu potencial para adaptação e seus limites. Os capítulos do relatório do IPCC avaliam riscos e oportunidades para sociedades, economias e ecossistemas de todo o mundo. Tratam de cada uma das regiões geográficas do planeta, observando tanto o sistema natural quanto o humano e abordando o clima do presente e do futuro. O painel aponta questões ambientais, seus riscos e possíveis caminhos, mas não define políticas públicas, que cabem a cada governo. "Só quando a população estiver bem informada sobre os temas abordados no IPCC conseguirá influenciar os formuladores das políticas. Só assim ocorrerá uma verdadeira mudança", afirmou o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis. Assuntos Conexos: Nota do Managing Editor: Matéria de autoria de Juliana Cariello (Ascom do MCT) foi primeiramente veiculada no site do MCTI, em 01 de abril de 2014. |
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