|
NOVIDADES
O Governo Federal iniciou nesta terça-feira (05/08) discussões em torno da entrada do Brasil no projeto europeu NanoReg, que trata de regulação internacional em nanotecnologia, em reunião no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Coordenado pelo Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, o NanoReg envolve 64 instituições de 15 países europeus, além de Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão. Segundo o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do MCTI, Flávio Plentz, Brasil, China e Rússia estão em processo de adesão ao projeto. A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do ministério recebeu o convite em junho de 2013, durante o Euro Nano Forum, na Irlanda, e colocou a proposta em discussão em workshop de avaliação técnica do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano). Regulação da Nanotecnogia no Brasil: um importante passo! Créditos: MCTI
Prata definiu a ligação com o NanoReg como uma oportunidade para o Brasil "se apoiar na experiência de países que já começaram a se preocupar com isso antes de nós". O secretário sugeriu a redação de uma carta sobre a finalidade de aderir ao projeto europeu para submeter a decisão ao Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN), coordenado pelo MCTI. Para o coordenador-geral, a adesão ao projeto europeu pode facilitar o caminho brasileiro rumo à regulação: "A grande vantagem de se entrar no NanoReg é que a gente não vai precisar de fazer tudo que precisaria para regular nanomateriais. Quer dizer, os produtos são compartilhados, de comum acesso entre todos os países e instituições que fazem uso da iniciativa." No entanto, conforme defendeu Plentz, a entrada no NanoReg não implica seguir um modelo de regulação. "Isso é da responsabilidade e é prerrogativa de cada País", afirmou. "O que o projeto quer garantir é que essas respostas estejam lá harmonizadas de uma maneira internacionalmente referenciada. Todos os métodos e protocolos utilizados têm reconhecimento mútuo, de tal forma, por exemplo, que se um nanoproduto brasileiro é certificado no Brasil, de acordo com os métodos e protocolos criados no NanoReg, automaticamente já vai estar aceito por um organismo fiscalizador ou regulamentador de fora." O coordenador ressaltou o fato de o projeto estar ligado a organismos globais que lidam com regulação, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Organização Internacional para Padronização (ISO) e a Agência Europeia dos Produtos Químicos (Echa). Antes de aderir ao NanoReg, porém, o País precisa se organizar para responder a exigências do projeto. "Essa estruturação interna, em termos científicos, já está basicamente avançada, com a criação do SisNano, que é um sistema de laboratórios bastante maduros e preparados para fazer pesquisa, mas que teriam que se adequar para fazer pesquisa regulatória." Compareceram à reunião o secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Nelson Fujimoto, e representantes das secretarias de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento da Produção do Mdic, do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa/MS). Nota do Managing Editor: Esta matéria foi primeiramente veiculada no site do MCTI www.mcti.gov.br. |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco