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NOVIDADES
Quem já viajou pela África ou Ásia facilmente viu esta cena: raramente coletados, o lixo e resíduos são geralmente incinerados, sem qualquer controle, seja em casa ou em aterros improvisados. Tal situação faz "explodir" qualquer medição de emissão de poluentes, porque ao contrário dos incineradores oficiais, estas práticas onipresentes, são difíceis de quantificar e raramente não são levadas em conta nos cálculos. Incineração selvagem: fonte de envenamento do ar. Créditos: Blachsmith Institute
Para chegar a esta estimativa, os pesquisadores tiveram que realizar um verdadeiro trabalho de formiga. Para cada país eles estimaram a massa de resíduos não coletados e queimados a domicílio, assim como a massa coletada, porém, queimada nos aterros. Levaram em conta numerosos parâmetros, tais como taxa de coleta de resíduos por país, perfil urbano/rural de população, quantidade de resíduos produzidos por habitante, etc. Do ponto de vista da "incineração selvagem" são, sem surpresa, os grandes países em desenvolvimento que se colocam como os poluidores mais importantes: China, Índia Brasil, México, Paquistão e Turquia. Na China, por exemplo, 278 das 478 milhões de toneladas de resíduos produzidos cada ano, ou seja 58,2%, são destruídos desta maneira. Se o impacto é menor para o CO2 (5% deste de origem humana) e o metano (15%), pode-se considerar como muito elevado se considerado localmente: por exemplo, no Sri Lanka ou no Mali, as emissões de CO2 associadas a incineração selvagem excedem o total de emissões estimadas atualmente. Marginal a nível mundial, o fenômeno é a nível local muito importante para essas emissões de gases de efeito estufa. Melhor equipados em termos de coleta, os países ricos têm evidentemente menos problemas para se preocupar. Os resultados - provenientes da modelização, deve ser dito -, revelam diferenças de um país para outro. Por exemplo, a França aparece com 524 mil toneladas queimadas anualmente a domicílio de um total de 45,5 milhões de toneladas de resíduos anuais (1,15%), comparado com os Estados Unidos (1,28%) e Itália (1,7%). Os franceses se colocam mais distante da Alemanha (4,6%), onde a taxa de coleta é de apenas 71%, contra 87% na França. Le Journal de L´Environnement (Tradução-MIA/OLA). |
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