Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Inspiração vinda da França.

Uma universidade voltada para ciência, engenharia e medicina, da qual fizeram ou fazem parte dois vencedores do Prêmio Nobel de Física, dois do Prêmio Henri Poincaré e três da Medalha Fields. Com 34 mil estudantes, dos quais 6.900 são de fora, a Universidade Pierre et Marie Curie (UPCM) é internacionalmente reconhecida pela área de modelagem interdisciplinar e engenharias e está na vanguarda da pesquisa de nanociência, física quântica e de partículas. O reitor dessa instituição francesa, Jean Chambaz, esteve na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para participar do Simpósio Internacional sobre Excelência no Ensino Superior, no fim de setembro, e falou sobre as principais características de uma educação de qualidade e moderna.

Quarta universidade do mundo em matemática no ranking Shanghai 2014, a UPCM faz parte de uma rede acadêmica de 13 instituições, que derivaram de um desmembramento da histórica Universidade de Paris, em 1970. Também integra o grupo Universidades de Sorbonne, que reúne instituições de ensino superior e pesquisa de primeira classe.

A excelência está relacionada, em parte, ao lançamento, em 2010, do programa do governo francês "Investindo para o Futuro", que buscou, entre outras medidas, transformar a educação através da promoção de pesquisa de ponta, estímulo à inovação, fortalecimento de uma presença internacional autêntica e incentivo a um ambiente de integração. "Estamos lidando com mudanças profundas nas civilizações, na economia, nos marcos tradicionais. Vivemos uma revolução digital, o tempo passa mais rápido e os desafios globais pedem respostas globais", afirmou Chambaz.

Segundo o francês, responder a essas mudanças envolve construir uma sociedade baseada no conhecimento, com novas práticas de pesquisa e inovação. "Esses novos desafios aumentam o papel estratégico das universidades, que é entender, antecipar e se preparar para essas transformações." Tais instituições, destacou Chambaz, devem desenvolver uma cultura de curiosidade, criatividade, pensamento crítico e "serendipidade" - as boas descobertas feitas por acaso. "O sucesso também depende disso. Descobertas não podem ser definidas antecipadamente; não existe inovação 'on demand'."



Jean Chambaz, em conferência na ABC.

Créditos: ABC


Essa responsabilidade de explorar o conhecimento que as universidades modernas enfrentam está estritamente relacionada à interdisciplinaridade, bem como à valorização da diversidade. "Nós garantimos uma educação de qualidade preparando os estudantes com habilidades e hábitos conceituais, fundamentos baseados em métodos, experiências da vida real analisadas a partir de uma abordagem pautada na pesquisa e a assimilação de competências pela prática, e não por meio de cursos específicos", ressaltou Chambaz.

Ou seja, é importante ir além do currículo e levar os alunos a explorar suas próprias maneiras de construir o conhecimento. "Atualmente, somos a primeira universidade da França e a sexta na Europa. Para isso, temos algumas características como taxas baixas, não temos angariação de recursos, o reitor é eleito por um Conselho, entre outras." Na França, quase todas as universidades são públicas, mas não gratuitas: "Os estudantes pagam entre 180 euros, no caso do bacharelado, até 300 euros, no doutorado, anualmente. Então é quase de graça".

Nas Universidades de Sorbonne, o programa "Investindo para o Futuro" promoveu transformações através da pesquisa, com a seleção de 14 laboratórios de excelência e projetos transdisciplinares. "Promovemos o empreendedorismo, as parcerias com a indústria, a gestão de ciência", informou Chambaz. As instituições estimulam a sinergia entre programas, de modo a adaptá-los para um corpo de estudantes diversificado. Assim, é possível optar por áreas como ciência & musicologia, ciência & política e química & história da arte.

A Sorbonne também atua na direção da internacionalização: "Preparamos nossos estudantes para serem ativos na sociedade global e trabalharem em problemas complexos com parceiros de todo o mundo", comentou o palestrante. "Queremos expor nossos estudantes ao mundo e atrair alunos estrangeiros para a universidade. Nosso interesse é trazer pesquisadores muito bons, transpassando as fronteiras."


Nota do Managing Editor - Esta matéria, de autoria de Clarice Cudischevitch, foi primeiramente veiculada no site da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em 03 de outubro de 2014.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco