Uma técnica de produção "de forma contínua" de nanopartículas orgânicas ou organometálicas foi desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Nanomateriais para Sistemas sob Condições Críticas do Instituto franco-alemão Saint Louis (CNRS/Universidade de Estrasburgo), na França. Tal desenvolvimento permitirá, por exemplo, produzir nanomedicamentos em escala industrial.

A técnica empregada consiste na cristalização em processo contínuo por nebulização e evaporação "ultrarápida" dos solventes que contém as espécies químicas que serão nano-co-cristalizadas. Estas espécies estão contidas numa solução que é mantida a uma pressão de 40bar sendo, em seguida, aquecida entre 140 e 160 graus. Esta mesma solução é, então, expandida através de um cone de bico oco em uma câmara onde temos um vácuo primário de 5 mbar. A diferença de pressão e a queda de temperatura provocadas pelas operações precedentes provocam a evaporação do solvente e a cristalização dos produtos na forma de nanopartículas. Com este procedimento, os pesquisadores, por exemplo, conseguiram produzir nanocompostos modelos à base de cafeína-co-cristalizada com ácido oxálico e ácido glutárico. O tamanho destas partículas varia de 40 a 150 nanômetros.

Representação esquemática do procedimento de nano-co-cristalização.

Créditos: CNRS

Os resultados mostraram que é possível produzir nanocristais em escala industrial. A técnica de produção, por processo contínuo, poderá ser aplicada a outras áreas, notadamente para a produção de cristais ferroelétricos ou filtros ópticos.

Inustrie & Technologie (Tradução - OLA).

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