Outros animais utilizam de truques ópticos, como o “peixe donzela” que possui células específicas denominadas iridóforos. Ondas de luz saltam por finas placas presentes entre essas células, desta forma a cor refletida depende do espaçamento entre essas placas. O peixe é capaz de controlar precisamente a distância entre as placas em apenas um segundo.

Cientistas descobriram recentemente que os camaleões utilizam da nanotecnologia para mudarem de cor. Esses animais possuem duas camadas de iridóforos, cada um contendo nano cristais de guanina (± 127 nm) regularmente espaçados.  A mudança da coloração nesses répteis ocorre quando a alteração no espaçamento entre as nanoestruturas cristalinas cria band gaps que permitem ou impossibilitam a passagem de luz. Esse sistema biológico responsável pela mudança de cor nos camaleões atua como nano refletores multicamada, interferindo no comprimento das ondas de luz. No entanto, o mecanismo molecular que regula este processo de mudança de cor nos camaleões ainda precisa ser estudado.

The Economist (Tradução - LV).


Nota do Scientific Editor - O trabalho que deu origem a esta notícia: "Photonic crystals cause active colour change in chameleons", de autoria de Jérémie Teyssier, Suzanne V. Saenko, Dirk van der Marel and Michel C. Milinkovitch, foi publicado no periódico Nature Coomunication, volume 6, artigo número: 6368, 2015, DOI: 10.1038/ncomms7368.