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NOVIDADES
Em aproximadamente um ano, um conjunto de nanomateriais de referência para aplicação em produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), por meio da nanotecnologia (nanomateriais), que trarão maior valor agregado, tecnologia e competitividade ao setor, poderão estar à disposição da indústria no Brasil. Ainda não há, contudo, um prazo definido para que essas novidades cheguem ao consumidor final. Esse foi um dos principais resultados apresentados durante encontro organizado pelo Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ITEHPEC), braço de inovação da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O evento é resultado de uma parceria do ITEHPEC e da ABIHPEC com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Marina Kobayashi, do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC, cita a modificação da absorção de ativos na pele promovendo a otimização da concentração destes ativos nos produtos e melhoria dos aspectos sensoriais como alguns dos benefícios que os cosméticos poderão trazer ao consumidor. “A apresentação desses resultados foi extremamente importante, pois cria insights para a indústria. Estamos muito satisfeitos com os resultados apresentados até aqui”, afirmou. Cosméticos e Nanotecnologia: um bom casamento? Créditos: 3.bp “Não estamos aqui dando uma receita para a indústria cosmética fazer um novo produto, mas uma ferramenta para ela saber com o que está trabalhando, para poder controlar a qualidade de um novo produto”, afirmou o coordenador geral de laboratórios do Inmetro, Carlos Achete. De acordo com o especialista, o estudo de materiais que possam ser aplicados a itens de HPPC em fase mais adiantada de desenvolvimento é o do ouro, mas outras análises estão em curso, envolvendo o dióxido de titânio, o óxido de zinco e o dióxido de silício. Oleksii Kuznetsov, da divisão de metrologia e materiais do Inmetro, enfatiza a importância da pesquisa que está sendo realizada para garantir a segurança e a saúde para o meio ambiente e para os consumidores. “Temos de aumentar a competitividade do setor de cosméticos. Precisamos de materiais muito bem caracterizados para minimizar os riscos”, disse. Alguns dos próximos passos do projeto, segundo o pesquisador sênior do Inmetro, José Mauro Granjeiro, são testes como o de fototoxicidade (reação após uso de medicamento ou creme e contato com o sol), de absorção da pele e de genotoxicidade (ação e identificação de agentes físicos, químicos ou biológicos). Especialista em projetos de nanotecnologia, fármacos e medicamentos da ABDI, Cleila Guimarães Pimenta Bosio defendeu a importância da continuidade desse projeto. “É bom ver essa preocupação da ABIHPEC e de suas associadas de ter um padrão de referência para os seus produtos. É fundamental que esse projeto conduzido pelo Inmetro se aprofunde, pois vimos que esse trabalho está integrado numa rede mundial. É muito importante esse padrão de referência do Brasil”, afirmou.
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