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NOVIDADES
Nanotubos de carbono abrem possibilidades em terapias neurológicas.
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Eletrodos feitos com fibras de nanotubos de carbono podem, ao mesmo tempo, estimular e receber sinais do cérebro sem causar problemas de inflamação. Comparado com os eletrodos convencionais feitos de metal, as fibras de nanotubos permitem a construção de conexões elétricas melhores com os tecidos do cérebro de ratos, as quais podem melhorar os dispositivos prostéticos e as terapias de estimulação profunda (DBS do inglês deep-brain stimulation) importantes para distúrbios, tais como, a doença de Parkinson.
O químico Matteo Pasquali e o neuroengenheiro Caleb Kemere da Rice University (EUA), implantaram fibras de nanotubos de 12 µm de diâmetro em ratos com sintomas tipo Parkinson e comparam os resultados com eletrodos feitos de platina recobertos com irídio.
Fibras de nanotubos de carbono: potencial uso como eletrodos implantáveis no tratamento de distúrbios neurológicos.
Créditos: Pasquali Lab
Os eletrodos de nanotubos - muito menores e capazes de atingir regiões do cérebro de forma mais precisa - permitiram correntes mais efetivas para a DBS que os eletrodos metálicos. A flexibilidade dos eletrodos de nanotubos permitiu, ainda, outro benefício: após seis semanas da implantação, as fibras de nanotubo não deram lugar a inflamações no tecido cerebral, diferentemente dos eletrodos metálicos rígidos.
A equipe de pesquisa da Rice trabalha agora no projeto de "arranjos de eletrodos" visando a interação simultânea dos eletrodos com várias regiões do cérebro.
C&EN (Tradução - OLA).
Nota do Scientific Editor - A publicação que deu origem a esta notícia de título: "Neural Stimulation and Recording with Bidirectional, Soft Carbon Nanotube Fiber Microelectrodes", de autoria de Flavia Vitale, Samantha R. Summerson, Behnaam Aazhang, Caleb Kemer and Matteo Pasquali, foi publicada no periódico ACS Nano, volume 9, número 4, 2015, DOI: 10.1021/acsnano.5b01060.
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