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NOVIDADES
Um novo caminho para o ouro negro.
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Cientistas chineses relataram na revista alemã Angewandte Chemie como este novo e intenso estado plasmônico do ouro pode ser estabelecido, quais as suas características e potenciais aplicações médicas.
Nanoestruturas metálicas podem se auto-montar em superestruturas que oferecem intrigantes e novas propriedades espectroscópicas e mecânicas. O acoplamento plasmônico desempenha um papel especial neste contexto. Por exemplo, verificou-se que as nanopartículas metálicas ajudam a espalhar a luz que entra através da superfície de um substrato de Si em comprimentos de onda em ressonância, aumentando, portanto, o potencial de absorção da luz e, assim, a efetividade das células solares.
Vesículas plasmônicas com forte absorção e superestrutura regular
Por outro lado, as vesículas plasmônicas são uma plataforma teranóstica promissora para aplicações biomédicas, um conceito que inspirou Yue Li e Li Cuncheng da Chinese Academy of Science e da University of Jinan, China, assim como colaboradores, na direção da prepração de coloidosomas plasmônicos compostos de nanoesferas de ouro. Como método de escolha, os cientistas desenvolveram uma metodologia template via emulsão baseada em nanosferas de ouro monodispersas como "blocos de construção", que se arranjaram em grandes vesículas esféricas num sistema de emulsão inversa.
“Ouro negro” coloidal.
Créditos: Angew. Chem. Int. Ed.
As vesículas plasmônicas resultantes são de tamanho micrométrico e possuem uma casca composta de nanoesferas coloidais hexagonais em bicamada ou, para as muito grandes superesferas, está em arranjo de múltiplas camadas, o que levou a uma melhor estabilidade. "Uma das principais vantagens deste sistema é que essa auto-montagem pode evitar o aparecimento de processos de estabilização complexos que podem bloquear as nanopartículas em conjunto", explicam os autores. As esferas ocas mostraram ressonância plasmônica intensa em sua estrutura tridimensional e apresentaram um aspecto escuro em comparação com a cor de tijolo (vermelho) das nanopartículas de ouro originais. O "ouro negro" foi assim caracterizado por uma banda de absorção larga e intensa na região do visível e por uma superestrutura de vesículas muito regular.
Possíveis aplicações em Nanomedicina
Na medicina, vesículas de ouro são intensamente avaliadas como veículos para a entrega de medicamentos em células tumorais e, portanto, poderia prever-se a exploração da interação específica luz-matéria de tais estruturas vesiculares plasmônicas para uso médico. Outras aplicações também são viáveis, como propõem os autores: "A estratégia apresentada vai preparar o caminho para alcançar superestruturas de metais nobres para biossensores, entrega de medicamentos, terapias fototérmicas, microcavidades ópticas e plataformas para microrreações." Isto irá revelar a flexibilidade e versatilidade das nanoestruturas de metais nobres.
Chemistry Views Magazine (Tradução - ACM).
Nota do Scientific Editor - O trabalho que deu origem a esta notícia de título: "Black Gold: PlasmonicColloidosomes with Broadband Absorption Self-Assembled from Monodispersed Gold Nanospheres by Using a Reverse Emulsion System", de autoria de Dilong Liu, Fei Zhou, Cuncheng Li, Tao Zhang, Honghua Zhang, Weiping Cai, and Yue Li foi publicado, online, no periódico Angewandte Chemie International Edition, 2015, DOI: DOI: 10.1002/anie.201503384.
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