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NOVIDADES
Pesquisadores do Institute for Basic Science (IBS) Center for Integrated Nanostructure Physics na Sungkyunkwan University (SKKU) na Coréia do Sul, dirigida pelo professor Young Hee Lee, criaram um transistor de alto desempenho utilizando fósforo preto (FP), o qual apresentou alguns resultados fascinantes. Estrutura atômica de uma monocamada de fósforo preto. Créditos: IBS
Adicionalmente, a alteração dos metais utilizados para conectar o chip ao circuito pode influenciar se o FP será um tipo n ou p. Ao invés da dopagem para construir um material do tipo n ou p, ambos FP n e p podem ser colocados juntamente em um único chip somente pela alteração da sua espessura e contato metálico utilizado. Chips de silício existem em todos os dispositivos eletrônicos modernos, e como os fabricantes buscam dispositivos menores e energeticamente mais eficientes, eles começaram a chegar próximo do limite do quão pequeno estes dispositivos podem ser. O FP pode fornecer uma alternativa mais fina e eficiente do que os chips de silício nos dispositivos eletrônicos. Estrutura atômica do fósforo preto (FP) e as propriedades de transistor tipo n/p de um transistor com base em FP. Créditos: IBS Outros exemplos de aplicação são pequenos dispositivos autônomos de gravação e transmissão de dados que irão constituir a “Internet das Coisas” (IdC). O maior impedimento que inibe a IdC de deslanchar é a incapacidade de reduzir o tamanho dos componentes e a falta de soluções para fontes de energia de longa duração. Materiais em camadas bidimensionais (tal como o fósforo preto) são interessantes neste aspecto, uma vez que tanto as propriedades elétricas como mecânicas são melhores que seus análogos em macroescala (3D). Utilizando alumínio como contato elétrico, flocos mais grossos de FP (13 nanômetros) apresentaram propriedades ambipolares similares ao grafeno, enquanto flocos finos de 3 nm são unipolares do tipo n com taxas de comutação maiores do que 105. Quão mais fino for possível fabricar o material, melhor será sua propriedade de comutação. Perello explica: “a força motriz no fósforo preto é a sua mobilidade de carga. Tudo se baseia ao redor disso. O fato da energia do band gap mudar com a espessura do material permite a construção de circuitos flexíveis. Como pesquisador, isso me fornece uma grande quantidade de possibilidades de pesquisa”. Quando perguntado se o FP já está pronto para competir com o silício, Perello diz que “não acredita que seja capaz de competir com o silício neste momento, e este é o sonho de todos. O silício é barato, abundante e o melhor transistor de silício que podemos fabricar apresenta mobilidade semelhante com os dispositivos de FP que eu sou capaz de produzir”. Isto não significa que não valha a pena explorar mais o FP. De acordo com Perello, “o fato de ser tão simples fazer um excelente transistor sem ter acesso ao estado da arte do crescimento comercial, fabricação e litografia significa que podemos fabricá-los significativamente com melhor qualidade. Nós esperamos que o limite superior para mobilidade de carga no fósforo preto seja muito maior do que no silício”. No presente momento, o FP não está pronto para aplicação comercial e seu potencial está sendo só agora reconhecido. Se ele continuar a se sair bem nos próximos testes, deverá ser um forte candidato para ser o material dos chips do futuro. Institute for Basic Science (Tradução MBS).
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