Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Presidente da SBPC faz palestras na reunião anual da AAAS, em Washington.

A convite da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), a presidente da SBPC, Helena B. Nader, proferiu ontem (11/02) duas palestras durante a Reunião Anual da entidade, que está sendo realizada em Washington, EUA, entre os dias 11 e 15 de fevereiro. No horário do almoço, Nader fez uma apresentação sobre a evolução da ciência no Brasil, desde o início de sua institucionalização até os dias de hoje. Em seu discurso, ela falou sobre a criação e desenvolvimento de universidades e centros de pesquisa, o investimento na formação de recursos humanos, a cooperação internacional, a interdisciplinaridade, e discorreu sobre as principais políticas públicas na área de CT&I. Essa palestra foi apresentada a um grupo seleto de membros dirigentes da reunião da AAAS (Board Meeting), entre eles, a presidente da entidade, Geraldine Richmond, e a presidente emérita do MIT, Cynthia Beall, além de outras autoridades do mundo acadêmico norte-americano.



Cartaz da Reunião Anual Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), 2016

Créditos: AAAS


No início da tarde, Nader participou de um fórum organizado pelo grupo, denominado NODES, que se traduz por Redes de Diásporas em Engenharia e Ciência, que acontece pelo quarto ano durante a reunião anual da AAAS. Esse grupo é dedicado a reunir cientistas, estudantes, inovadores e especialistas em políticas públicas que residem e trabalham em países estrangeiros. O objetivo é promover a cooperação em pesquisas e incentivar a inovação entre os países de origem desses profissionais e acadêmicos, e os países onde estão residindo. O grupo acredita que os membros das diásporas podem atuar como “diplomatas da ciência, com capacidade potencial para estabelecer vínculos que possam contribuir com a solução de problemas globais, promover o desenvolvimento científico, e a melhoria da qualidade de vida em todo o planeta”. O NODES é resultado de uma parceria entre o Departamento de Estado dos EUA, a AAAS, a Academia Nacional de Ciências (NAS) e a Academia Nacional de Engenharia (NAE).

Em sua palestra, a presidente da SBPC discorreu sobre a experiência brasileira com diásporas e mobilidade de cientistas, tanto sobre a residência de brasileiros em universidades e centros de pesquisa de outros países, como também a presença de pesquisadores e professores universitários estrangeiros no Brasil. Nader lembrou que as principais universidades brasileiras evoluíram com a presença marcante de professores e pesquisadores visitantes estrangeiros, que a partir das primeiras décadas do século passado lecionaram e organizaram grupos de pesquisa em várias instituições do País. Também salientou que a formação de recursos humanos na área acadêmica deveu-se, em grande parte, à colaboração estabelecida entre cientistas brasileiros e parceiros em outros países, sobretudo nos Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra, China, entre outros.

O Brasil também foi palco de diásporas de cientistas causadas por guerras e governos opressores. Nader comentou que, durante a 2ª. Guerra Mundial, muitos cientistas judeus vieram para o Brasil e se estabeleceram no País, onde foram recebidos nas universidades e centros de pesquisa, sobretudo no Estado de São Paulo. Também lembrou que durante o governo militar, entre 1964 e 1984, muitos professores e cientistas brasileiros foram forçados a deixar o País, pois estavam sendo perseguidos por suas posições políticas contrárias à ditadura em vigor. Felizmente, com o advento de um governo democrático, a maioria retornou e passou a ter papel de protagonismo na ciência, na economia e na política brasileira.

A presidente da SBPC mostrou aos participantes do fórum NODES que a residência de cientistas brasileiros em outros países têm promovido diversas ações colaborativas e de intercâmbio. Exemplos são os grupos de diáspora criados na região de Boston, em Massachussetts, que já reúne cerca de 300 pesquisadores brasileiros residentes e engajados em universidades locais. Aqui no Brasil, em 2014, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), criou a Rede Diáspora do Brasil, com o objetivo de estruturar uma rede colaborativa de profissionais brasileiros como engenheiros, professores, e cientistas, de modo a fomentar novos projetos em áreas intensivas do conhecimento e da tecnologia.


Engajamento global da ciência

Para os organizadores da Reunião Anual da AAAS, a “ciência é um empreendimento global que avança quando o conhecimento é tanto gerado como compartilhado. Cada vez mais cientistas e engenheiros estão trabalhando tanto dentro como fora das fronteiras nacionais, em questões locais e globais. São inúmeros os desafios que necessitam de inovação e cooperação científica internacional, em áreas como segurança de alimentos e água, desenvolvimento sustentável, doenças infecciosas e saúde, mudanças climáticas, desastres naturais, e energia”. Essas questões permeiam os debates que estão acontecendo durante o encontro da AAAS em Washington, que tem como tema central o “Engajamento Global da Ciência”.

O envolvimento da SBPC com a AAAS tem se intensificado ao longo dos últimos anos, desde que foi criado um grupo de entidades coirmãs de diversos países além do Brasil e dos Estados Unidos. A cada ano, os dirigentes das sociedades nacionais participam de reuniões em diferentes países, onde têm a oportunidade de compartilhar experiências e estabelecer parcerias. Representantes da AAAS, da EuroScience, e de outros países têm participado das reuniões anuais da SBPC nos últimos quatro anos.

Informações sobre a reunião anual da AAAS podem ser acessadas aqui.

SBPC.


Nota do Manager Editor - Esta matéria foi primeiramente veiculada no Jornal da Ciência de 13 de fevereiro de 2016, e é de autoria de Fabíola de Oliveira. A ilustração apresentada não faz parte da matéria original e foi incluída pela editoria do Boletim LQES.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco