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Mais duro que o diamante e mais resistente que o aço, pesquisadores descobrem que o grapheno é também um supercondutor !

Já famoso, o grafeno é como uma folha bidimensional de átomos de carbono super flexível, mais dura que o diamante e mais resistente do que o aço. Desde a sua descoberta em 2004, os cientistas têm especulado a possibilidade do grafeno poder também funcionar como um supercondutor. Seguindo esta teoria, em 2016, uma equipe de pesquisadores japoneses conseguiu fazer circular a eletricidade através de grafeno sem resistência. Infelizmente, eles só conseguiu fazê-lo num ambiente extremamente frio, o que limita a experiência. Até agora a supercondutividade só foi alcançada através da dopagem com átomos de cálcio, ou colocando o grafeno sobre um material supercondutor. Estas duas possibilidades, entretanto, modificam o grafeno e comprometem os resultados experimentais.



Grafeno: agora supercondutor!

Créditos: SciencePost


Por outro lado, há alguns dias atrás, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge (RU) revelaram num estudo publicado pela revista Nature Communication uma conquista importante na área ao constatar que, acoplando o grafeno a um óxido misto constituído de cobre, praseodímio e cério (PCCO) seria possível "provocar" o aparecimento da supercondutividade inerente ao grapheno.

A supercondutividade é a chave para uma eletrônica mais eficaz, melhores redes elétricas e novas tecnologias médicas. Ela é caracterizada pela maneira como os elétrons interagem, e é produzida quando os elétrons se combinam e se movem de forma mais eficiente através de um material. Combinando o óxido (PCCO) com o grafeno, os pesquisadores descobriram que os elétrons seguiam um alinhamento de spin diferente: um estado de onda p (uma simetria supercondutora que deverá ainda ser verificada e cuja existência é ainda motivo de muito debate). Materiais supercondutores já foram usados para criar campos magnéticos intensos necessários para os equipamentos de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), por exemplo, entretanto estes materiais somente de tornam supercondutores em temperaturas ao redor de -269 graus Celsius, o que é extremamente custoso, e não é muito prático.

Se pudermos, assim, encontrar um meio de alcançar esta condutividade de uma maneira sustentável e à temperaturas mais elevadas, isto abriria um enorme leque de possibilidades, que iriam desde a criação de supercomputadores que funcionariam sem resistência elétrica até a geração de tecnologias médicas mais eficazes. Poderíamos, igualmente, aumentar consideravelmente o armazenamento de energia e revolucionar o maquinário dos trens que funcionam por levitação. O grafeno é hoje em dia considerado como um excelente candidato para chegar lá, dado todas as suas outras propriedades estranhas e maravilhosas (o grafeno é conhecido como um dos materiais mais resistentes da Terra).

SciencePost. Tradução - OLA.


Nota do Scientific Editor - O artigo que deu oriem a esta notícia de nome: "p-wave triggered superconductivity in single-layer graphene on an electron-doped oxide superconductor", de autoria de A. Di Bernardo, O. Millo, M. Barbone, H. Alpern, Y. Kalcheim, U. Sassi, A.. Ott, D. De Fazio, D. Yoon, M. Amado, A.C. Ferrari, J. Linder and J.W.A. Robinson, foi publicado no periódico Nature Communications, volume 8, Article number 14024 (2017), DOI:10.1038/ncomms14024.


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